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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A SUBMISSÃO DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL

Esse tema me acompanhou durante todo o final de semana, não consegui esquecer a solução encontrada pela Polícia Militar de São Paulo, para justificar o reajuste diferenciado que o governo daquele Estado promoveu entre a Polícia Civil 30% e Polícia Militar 7%.
Primeiro deixo claro que os nossos companheiros da polícia civil merecem tanto quanto nós um bom salário, e que as minhas colocações nesse artigo são reflexões de quem pensa uma segurança pública de qualidade, principalmente unificada.
Em todo o Brasil os governantes acreditam que podem nos calar e nos manter acuados baseados na legislação castrense do militarismo, por isso sempre oferecem reajuste maior para outras instituições e bem menor para nós policiais militares, isso aconteceu em Sergipe no ano de 2009 quando o governo ofereceu 300% de reajuste para a polícia civil e 5% para a polícia militar, o que acabou resultando no Movimento Tolerância Zero, que acabou minimizando a situação, e causando um rompimento entre tropa e governador.
Observando a situação se repetir em São Paulo, por sinal era o único Estado no qual polícia militar e civil tinham salários iguais, me fez reafirmar  o meu próprio entendimento, as Polícias Militares do Brasil são muito submissas.Como é que pode uma polícia tão importante, tão grandiosa e principalmente tão responsável pelo funcionamento da maior parte da máquina pública, ser tão desprestigiada?
E não me venham com aquela velha desculpa de que a PM é uma polícia grande que dificulta nosso reajuste, eu respondo, A PM É DO TAMANHO DA IMPORTÂNCIA PARA O ESTADO E SOCIEDADE, nossa missão é impedir que o crime aconteça, porque depois do leite derramado é importante pegar quem derramou o leite, porém o leite nem sempre pode ser recuperado.
Fiquei impressionado com a propaganda do governo paulista, onde diz,“ PM é liberado para trabalhar no dia da folga” quer dizer deu um reajuste maior ao policial civil e oferece  ao policial militar escalas extras no dia da folga, é a nossa famosa GRAE, por é chamada de, Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho  Policial Militar, o pior que tem policiais militares que acham isso um benefício.
O que me deixa indignado é que são reajustes diferenciados entre servidores da mesma secretária, com os mesmos objetivos, ou seja, segurança pública, e que para a PM sempre sobra a maior parte do serviço, trânsito rodoviário estadual, radiopatrulha, policiamento comunitário, policiamento em eventos públicos ou particulares, segurança do governador, segurança dos agentes fazendários, guarda fúnebre de autoridades, policiamento de caatinga, combate a rebeliões, acompanhar manifestações públicas, cavalaria, força nacional, segurança de signatários, segurança dos fóruns de justiça, segurança dos juízes, atendimento a acidentes de trânsito, policiamento ostensivo e preventivo, banda de música para abrilhantar os eventos do Estado, reintegração de posse, segurança eleitoral, são tantas as atribuições que fica difícil elencar.
Na verdade eu gostaria de saber o que funciona sem a presença da polícia militar, porque o depende da PM não caberia em uma única página.Mas uma coisa é certa, do Oiapoque ao Chuí, a submissão é absurda, acorda!! oficiais e praças das PM’s do Brasil.
Fiquem com Deus, abraços.
Edgard Menezes (cidadão brasileiro)

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