SÃO LUÍS – Dois policiais militares pernambucanos foram presos
anteontem no município de Bacabal, no Maranhão, a 300 quilômetros de São
Luís. Josemilson de Oliveira Santos, 32 anos, e Francinaldo do
Nascimento Silva, 36, ambos de Petrolina, são acusados pelo assassinato
do empresário maranhense Ivaldo Mandacaru Dias Pereira, 57, dono de uma
rede supermercados na cidade.
Os soldados foram presos em flagrante na BR-316 pela polícia local,
horas após o crime, quando estavam em um Celta Classic de cor preta e
placas de João Pessoa. O assassinato de Ivaldo Pereira aconteceu na
manhã de terça-feira e foi registrado por câmeras de um circuito de
segurança próximo. As imagens e o depoimento de testemunhas ajudaram a
polícia a localizar os suspeitos.
A vítima foi morta com um tiro de pistola .40 na cabeça, dentro do
próprio carro, quando estava na Rua Frederico Leda, em Bacabal, onde
morava. As imagens da câmera de segurança mostram claramente um veículo
de cor preta se aproximando do carro do empresário, ao mesmo tempo em
que o passageiro coloca o braço para fora da janela e efetua os
disparos. Momentos após o crime, a Central de Operações do 15º BPM foi
acionada e testemunhas informaram tanto o modelo quanto a placa do
veículo em que estariam os supostos assassinos. A informação foi
repassada ao celular da equipe da radiopatrulha, que efetuou o
flagrante.
Josemilson de Oliveira Santos e Francinaldo do Nascimento Silva, ao
serem abordados, afirmaram que eram policiais militares e que estariam
de passagem pela região. Com os suspeitos, a polícia encontrou duas
pistolas, uma delas uma .40 mm e a outra .380 mm, quatro registros de
armas de fogo, sendo uma vencida, cerca de R$ 3.600 em dinheiro, nove
carregadores, 45 munições .380 mm e 60 munições .40 mm. Ambos foram
encaminhados ontem ao Presídio do Comando Geral da Polícia Militar, em
São Luís, e negam o crime.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia maranhense entrou em
contato com a PM pernambucana e confirmou que os dois acusados são
soldados e estão na ativa. Em entrevista à TV Difusora do Maranhão, na
delegacia, Francinaldo Silva disse que ele e o colega estavam de posse
das armas e munições por serem policiais. “Nossas armas são registradas e
legalizadas. A gente estava só de passagem e aconteceu o fato na hora.
Foi uma coincidência. Vamos esperar a averiguação e ver no que vai dar”,
afirmou.
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