Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
A lentidão no atendimento nos plantões dos distritos policiais do Grande ABC não prejudica apenas o cidadão, obrigado a ficar horas esperando, até que consiga registrar seu boletim de ocorrência, mas toda a população. Além dos policiais civis ocupados com o atendimento, os policiais militares também precisam aguardar todo o trâmite do flagrante para voltarem às ruas.
Isso significa que, no mínimo, dois homens e uma viatura ficam indisponíveis por até quatro horas, caso de Santo André. "É um absurdo. Enquanto poderíamos estar realizando uma ação preventiva, com rondas pelas ruas, precisamos ficar aqui de mãos cruzadas", reclamou um sargento, que pediu para não ser identificado, na porta do 1º DP (Distrito Policial) de Santo André.
As histórias se repetem. A equipe do Diário constatou, ao visitar as delegacias do Grande ABC nos plantões noturnos, que sempre existe um grupo de policiais militares conversando e viaturas paradas em frente às delegacias.
A situação se complica quando existe um flagrante com o envolvimento de diversas equipes de militares. "Está no limite. Nesses dias precisamos ficar aqui a noite toda, plantados, com quatro viaturas paradas e mais de dez homens, para registrar uma tentativa de homicídio", lembrou um soldado no 1º DP de Mauá.
Para conter esse desentrosamento entre as polícias, um tenente da Polícia Militar criou um método próprio de atuação da sua equipe. "Para não parar de vez, preciso ficar coordenando viaturas em rondas preventivas. Mas isso é muito complicado", comentou.
Paredes sujas e adesivos revelam más condições
As delegacias da região trazem a imagem de uma polícia descuidada e largada. A maioria dos distritos está com as paredes sujas e móveis velhos. Recados e adesivos colados por toda parte demonstram a insatisfação dos policiais.
No 1º Distrito Policial de São Bernardo, para tentar acalmar o público, a direção do local colou no balcão um e-mail em que pede melhorias à Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública. No texto está grifado a seguinte frase: "a demora no atendimento não se deve à desídia do funcionário de plantão, mas sim à lentidão do sistema (computador), que há tempos não vem funcionando a contento".
A reclamação foi enviada no dia 8 de fevereiro e até o momento não houve melhorias. "Tem horas que não há o que fazer. Temos mais de dez pessoas na sala de espera e o sistema trava ou fica lento. O povo pensa que nós somos os culpados", disse um policial, que pediu para não ser identificado.
Os adesivos com as palavras "Basta por uma nova Polícia Civil" são os mais utilizados. Na maioria das delegacias há essas reclamações coladas nas mobílias e paredes. Os policiais civis são unânimes em dizer que os problemas estão relacionados ao baixo salário da categoria e à falta de policiais.
No 1º DP de Mauá o chão estava sujo e o aspecto do local não é dos melhores. O frequentador mais tranquilo era um vira-lata preto, bem-cuidado, que entrava e saía calmamente.
Isso significa que, no mínimo, dois homens e uma viatura ficam indisponíveis por até quatro horas, caso de Santo André. "É um absurdo. Enquanto poderíamos estar realizando uma ação preventiva, com rondas pelas ruas, precisamos ficar aqui de mãos cruzadas", reclamou um sargento, que pediu para não ser identificado, na porta do 1º DP (Distrito Policial) de Santo André.
As histórias se repetem. A equipe do Diário constatou, ao visitar as delegacias do Grande ABC nos plantões noturnos, que sempre existe um grupo de policiais militares conversando e viaturas paradas em frente às delegacias.
A situação se complica quando existe um flagrante com o envolvimento de diversas equipes de militares. "Está no limite. Nesses dias precisamos ficar aqui a noite toda, plantados, com quatro viaturas paradas e mais de dez homens, para registrar uma tentativa de homicídio", lembrou um soldado no 1º DP de Mauá.
Para conter esse desentrosamento entre as polícias, um tenente da Polícia Militar criou um método próprio de atuação da sua equipe. "Para não parar de vez, preciso ficar coordenando viaturas em rondas preventivas. Mas isso é muito complicado", comentou.
Paredes sujas e adesivos revelam más condições
As delegacias da região trazem a imagem de uma polícia descuidada e largada. A maioria dos distritos está com as paredes sujas e móveis velhos. Recados e adesivos colados por toda parte demonstram a insatisfação dos policiais.
No 1º Distrito Policial de São Bernardo, para tentar acalmar o público, a direção do local colou no balcão um e-mail em que pede melhorias à Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública. No texto está grifado a seguinte frase: "a demora no atendimento não se deve à desídia do funcionário de plantão, mas sim à lentidão do sistema (computador), que há tempos não vem funcionando a contento".
A reclamação foi enviada no dia 8 de fevereiro e até o momento não houve melhorias. "Tem horas que não há o que fazer. Temos mais de dez pessoas na sala de espera e o sistema trava ou fica lento. O povo pensa que nós somos os culpados", disse um policial, que pediu para não ser identificado.
Os adesivos com as palavras "Basta por uma nova Polícia Civil" são os mais utilizados. Na maioria das delegacias há essas reclamações coladas nas mobílias e paredes. Os policiais civis são unânimes em dizer que os problemas estão relacionados ao baixo salário da categoria e à falta de policiais.
No 1º DP de Mauá o chão estava sujo e o aspecto do local não é dos melhores. O frequentador mais tranquilo era um vira-lata preto, bem-cuidado, que entrava e saía calmamente.
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