A longa-metragem de José Padilha bateu o recorde nacional de público e tornou-se no filme brasileiro mais visto de sempre
Após ter completado nove semanas em sala, a sequela de "Tropa de Elite" já foi vista por mais de 10,7 milhões de brasileiros. O filme sobre a violência urbana nas favelas do Rio de Janeiro tornou-se ontem, quarta-feira, dia 8 de Dezembro, na produção brasileira mais vista de sempre, superando o resultado de "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976).
Padilha percorreu um caminho de sucesso desenvolvendo tramas sobre a violência urbana. A sua trilogia temática começou com o documentário "Última Parada 174", sobre um caso de sequestro num autocarro do Rio de janeiro. Em "Tropa de Elite", José Padilha desvendou como o "aparato" do Estado pode criar polícias corruptos.
"Tropa de Elite 2" foca elites políticas brasileiras
Faltava explicar qual o processo de decisão politica que gera "uma administração fracassada, tanto a nível das forças de segurança como das instituições sociais que têm em mãos o dever de recuperar os criminoso".
"Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro" acontece numa esfera mais elevada do poder. O novo filme de José Padilha é sobre a relação entre a política e a polícia. O Capitão Nascimento, que liderava uma patrulha do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Rio de Janeiro, sobe na carreira e passa a trabalhar na Secretaria de Segurança, ao nível do governo estadual.
No segundo "Tropa de Elite", Nascimento, dez anos mais velho, descobre que "o verdadeiro inimigo não são apenas os traficantes, mas também os políticos que os produzem".
Como preparar um policial urbano
José Padilha assume que a pesquisa para o filme foi mais delicada. Ao longo de um ano, o realizador manteve contactos com políticos que trabalham na Assembleia Legislativa, acompanhou comissões parlamentares que debatem a segurança pública, seguiu as forças policiais que prendem polícias ligados a políticos eleitos acusados de corrupção. O realizador imprime ao máximo a realidade na ficção.
"Tropa de Elite 2" conta com mesmo elenco e as mesma equipa de 2007. Os efeitos especiais estão, mais uma vez, nas mãos de nomes como Bruno Van Zeebroek de Trasnformers ou Keith Woulard de "O Curioso Caso de Benjamin Button".
No filme, José Padilha recorre a policias de todo o país para as cenas de acção, incluindo dois membros das forças de segurança pública de Portugal, que integram os figurantes.
Para José Padilha este filme encerra um ciclo. O cineasta considera pouco provável continuar com a saga "Tropa de Elite". Em carteira, o realizador, tem vários projectos e espera poder rodar no próximo ano "Nunca Antes na História desse País", que conta o caso polémico do "mensalão".
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