Associação de PMs vai ao Ministério Público para tentar manter operação padrão
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Um dia depois de o governo Paulo
Câmara (PSB) convocar os policiais que estão de férias para tentar conter a
crise na segurança, além de emitir um boletim anunciando que PMs que não
cumprirem o Programa de Jornadas Extras (PJEs) poderão ser presos,
a Associação de Cabos e Soldados (ACS) emitiu nota criticando a gestão. A
entidade afirmou que vai entrar com uma representação no Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) contra o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, e o
comandante geral da corporação, Carlos D’Albuquerque.
Para o advogado que presta serviço à
associação, François Cabral, houve um abuso de autoridade por parte da cúpula
da pasta. “A punição é descabida, desproporcional e arbitrária”, disse ao Blog de Jamildo.
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Cabral afirmou que o
decreto 38.438/2012, que regulamenta o programa, não inclui a prisão como
punição para os policiais que não cumprirem a jornada extra, e sim a
desabilitação deles por seis meses. “Não cabe ao comandante achar que está num
estado de exceção e dar uma interpretação que o decreto não tem”, afirmou.
A determinação assinada pelo
comandante geral, Carlos D’Albuquerque, após uma reunião com o secretário,
argumenta que, embora o programa de jornadas extras seja opcional, os PMs que
já aderiram ao programa passam “a estar na condição de cumprir compulsoriamente
o serviço”. O documento afirma que os policiais que não cumprirem a
ordem poderão estar violando quatro artigos do Código
Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco.
A Associação de Cabos e Soldados
afirmou que vai ainda à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e ao
Congresso Nacional contra a medida.
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