Governo faz proposta para evitar que Polícia Federal pare durante a Copa
Fim do movimento grevista da PF depende do resultado de assembleias que irão ocorrer nos próximos dias nos Estados
Vasconcelo Quadros | - Atualizada às
Policiais
federais começaram a decidir em assembleias que estão sendo realizadas
em todos os Estados se entram ou não em greve às vésperas da Copa do
Mundo. O sindicato de Brasília decidiu, na noite desta segunda-feira
(26), aceitar a proposta de reajuste de 15,8% oferecida pelo governo,
mas o fim do movimento depende do resultado de assembleias que estão
programadas para ocorrer ao longo dos próximos dias
Depois, as decisões terão de passar pelo crivo da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa os dez mil policiais e está mobilizada para a possibilidade de organizar um eventual movimento grevista
Além do reajuste, a maioria dos sindicatos exige que o acordo contenha uma anistia aos policiais que participaram de movimentos grevistas em 2012 e estão ameaçados de punição. É o ponto nevrálgico das reivindicações, mas sua inclusão no acordo depende do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e não da área econômica do governo.
Depois, as decisões terão de passar pelo crivo da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa os dez mil policiais e está mobilizada para a possibilidade de organizar um eventual movimento grevista
Além do reajuste, a maioria dos sindicatos exige que o acordo contenha uma anistia aos policiais que participaram de movimentos grevistas em 2012 e estão ameaçados de punição. É o ponto nevrálgico das reivindicações, mas sua inclusão no acordo depende do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e não da área econômica do governo.
Os agentes
reivindicam também a recuperação das perdas salariais acumuladas e um
plano de carreira que destine aos policiais mais experientes as chefias
de setores internos envolvidos nas investigações. Os cargos mais
importantes hoje estão nas mãos dos delegados.
O Sindicato dos
Policiais Federais de São Paulo (Sindpolf/SP), o mais expressivo do
País, realiza assembleia nesta quarta-feira (28). Os demais também
tomarão posição ao longo dos próximos dias. Na última assembleia o
Sindpolf rejeitou a proposta, que será submetida novamente a votação
nesta quarta-feira.
Como o governo
acenou com a possibilidade de melhorar a proposta, um protesto que havia
sido programado para ocorrer no sábado (31) em São Paulo foi suspenso.
Os agentes também avaliaram que o movimento poderia prejudicar a
população, que já havia sofrido transtornos com a greve de motoristas e
cobradores durante a semana.
A ameaça de
greve não pegou o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão
desprevenido, mas ocorre justamente no momento em que o governo, através
dos ministérios da Defesa e Justiça, organiza o esquema de segurança da
Copa cuja responsabilidade é compartilhada pelas Forças Armadas e
Polícia Federal.
O comportamento
dos federais diante de um evento da magnitude da Copa e os riscos de
segurança embutidos em um movimento paredista também divide a categoria e
pode ser um dos principais obstáculos à decretação da greve.
As assembleias
estão sendo realizadas paralelamente ao esforço da direção da PF em
remanejar policiais de outras regiões para concentrá-los nas
cidades-sedes dos jogos.
Fonte: Último Segundo
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