O caso das torcidas do Vasco e do Atlético Paranaense: o Promotor que entrou com a ação para que a PM não fizesse a segurança dentro dos estádios, disse que a PM fazer segurança dentro das Arenas(estádio) é DESVIO DE FUNÇÃO e acrescentou: "Policial não deve fazer segurança de arbitragem, de atleta, segurança de placar eletrônico. Isto é zeladoria ou vigilância privada. Nós pedimos que o Judiciário iniba essas ações". O Promotor disse ainda "Botar um policial para ser biombo? O que é isso? Cabe ao policiamento intervir em infrações, crimes e contravenções, e manutenção da ordem, não para dividir torcidas", declarou. "Separação é estrutural, o local deve ter estrutura eficiente para separar as torcidas, não utilizar a força pública para isso".
Ministério Público critica Polícia Militar em estádio: 'Policial não é biombo'
Estadão Conteúdo
Albari Rosa/Gazeta do Povo |
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Confusão entre torcedores em Joinville foi noticiada no país inteiro. |
Autor da ação
civil pública que embasou a ausência de policiais na Arena Joinville, o
promotor Francisco de Paula Fernandes Neto, do Ministério Público de
Santa Catarina, criticou a utilização de membros da Polícia Militar em
estádios brasileiros e culpou o Atlético Paranaense pela falta de
segurança que gerou briga generalizada no domingo.
Para Fernandes
Neto, a presença de policiais em estádios confira "desvio de
finalidade". "Policial não deve fazer segurança de arbitragem, de
atleta, segurança de placar eletrônico. Isto é zeladoria ou vigilância
privada. Nós pedimos que o Judiciário iniba essas ações", afirmou o
promotor, em entrevista à Rádio Estadão.
Ele também
criticou a utilização de integrantes da PM para separar torcidas. "Botar
um policial para ser biombo? O que é isso? Cabe ao policiamento
intervir em infrações, crimes e contravenções, e manutenção da ordem,
não para dividir torcidas", declarou. "Separação é estrutural, o local
deve ter estrutura eficiente para separar as torcidas, não utilizar a
força pública para isso".
Fernandes Neto
também apontou como desvio de finalidade o pagamento de policiais,
através de "recolhimento de taxa para o erário estadual", para dar
segurança a jogos de futebol, medida corriqueira no futebol catarinense.
"Nem pagando se pode desviar a finalidade de uma instituição pública
para execução de segurança privada", criticou.
O promotor
afirmou ainda que o Atlético, por ser o promotor do evento, deve ser
responsabilizado pelos casos de violência na partida contra o Vasco,
domingo, na Arena Joinville. "A responsabilidade é de quem organiza o
evento", afirmou.
"A segurança
destes eventos é encargo do promotor do evento, se ele vai fazer
segurança com segurança privado, que faça. O Atlético assumiu o risco,
foi uma fatalidade. Contratou gente que não tem experiência nisso, que
não pôde fazer frente à demanda", apontou.
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