PM exonera coronel que revelou ingerência
Oficial também alerta para a redução do tempo do curso de formação dos novos soldados
A edição do
Boletim Geral Ostensivo da Polícia Militar de Alagoas (PM) da última
sexta-feira (25) estampou decisões contraditórias. Em uma, o
comandante-geral da tropa, coronel Dimas Cavalcante, desfaz a troca de
comando do 5º Batalhão da PM, no Benedito Bentes, denunciada pelo
coronel Ivon Berto como fruto da ingerência política do vereador
Silvânio Barbosa (PSB) na corporação. Seria positivo, se a outra decisão
não se apresentasse como uma retaliação da cúpula da segurança pública
do governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) contra o oficial denunciante:
o coronel Ivon Berto foi exonerado da função de chefe do Estado-Maior
da PM, 19 dias depois de sua denúncia ser publicada com exclusividade
pela Gazeta de Alagoas.
Outro alvo do
que o Alto-Comando da PM já interpreta como perseguição política foi o
coronel Luiz Carlos Ferreira, exonerado do Comando de Policiamento de
Área do Interior III (CPAI), que atuava em 20 municípios da região de
São Luís do Quitunde. O motivo foi a manifestação pública do coronel
Luiz Carlos de solidariedade ao coronel Ivon Berto, em entrevista à
Rádio Gazeta AM, quando da abertura do processo administrativo
disciplinar por decisão do Conselho Estadual de Segurança Pública
(Conseg).
Mas nem a
exoneração nem o processo disciplinar calaram Ivon Berto, que avalia
ingressar na Justiça contra o que interpreta como abuso de poder e
assédio moral.
O outro motivo
da retaliação é que, na semana passada, Ivon reuniu nove coronéis com o
comandante da PM, de quem exigiram uma postura em decorrência da redução
do tempo do curso de formação de praças, cujos alunos, mil convocados
do último concurso, devem se formar em março.
Fonte: Gazeta de Alagoas /http://sargentoricardo.blogspot.com.br/
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