Veja o que disse o Governador de Pernambuco sobre o protesto do dia 7 de setembro na praça do derby
PM pernambucano é afastado após ação no 7 de Setembro, no Recife
Corregedoria
está investigando excessos, disse governador Eduardo Campos. 'Não vamos
permitir que mascarados afrontem a cidadania', afirmou ele.
Por Katherine Coutinho
Do G1 PE
A
Secretaria de Defesa Social de Pernambuco confirmou que um policial
militar que atuou na contenção do protesto do último sábado, 7 de
setembro, está afastado do serviço operacional, enquanto a Corregedoria
investiga a atuação dele. A Secretaria não detalhou a identificação do
PM ou o que motivou seu afastamento. O governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, afirmou que já estão sendo apurados os possíveis abusos
policiais durante a manifestação, que aconteceu nas proximidades da
Praça do Derby, no Recife. “Nós não toleramos violência, nem daqueles
que às vezes querem se expressar com violência e não devem fazê-lo, nem
de qualquer ente público, seja ele da Polícia Militar, seja ele da
Polícia Civil”, afirmou o governador, em conversa com a imprensa durante
a abertura de um fórum do setor sucro-alcoleiro, nesta segunda-feira
(09).
Segundo
Eduardo Campos, a conduta de outros policiais durante o protesto também
está sendo analisada. “Temos uma Corregedoria que funciona com
profissionais de polícia de ilibada reputação, que têm tido uma atuação
muito dura. Os filmes sobre tudo aquilo estão sendo vistos já hoje
[segunda]. Já foram afastados do serviço de rua os policiais que estavam
e que já tem filmes que identificam que usaram comportamento
inadequados, como uso de palavrão em ação policial”, aponta.
Sobre a denúncia de que dois homens teriam sido detidos durante o protesto do sábado mesmo
estando sem máscara e sem estar praticando ato ilícito, o governador
afirmou desconhecer. A advogada Noélia Brito, que defende os dois,
mostrou uma imagem que afirma ser o boletim de ocorrência do caso, no
qual um PM diz ter sido orientado a deter os dois manifestantes mesmo
após avisar aos superiores de que eles não estavam mascarados nem
praticando "qualquer ato ilícito”.
“Eu
preciso ver a ocorrência. Não chegou a nós por nenhuma entidade
qualquer registro disso. Não há nenhuma recomendação para se agir fora
de qualquer comportamento estritamente legal. É preciso que haja
equilíbrio e equilíbrio é respeitar a lei. Policial tem que ir para a
rua garantir a segurança dos que se manifestam e daqueles que não se
manifestam e querem trabalhar, e com nenhum tipo de violência”, afirma
Campos.
O
governador defendeu ainda a questão de equilíbrio durante os protestos.
“Quer se manifestar, se manifesta, agora não pode se manifestar
travando a cidade a qualquer hora do dia ou da noite. Não vamos permitir
que grupos mascarados possam afrontar a cidadania. Porque a regra
democrática não permite que ninguém saia de casa com máscara, coquetel
molotv, para atirar sobre ônibus ou para travar cidade em uma via que
tem cinco hospitais, que muitas vezes tem que trafegar carro levando
sangue para gente que está em uma mesa de cirurgia em um desses
hospitais. Esse é um outro lado da moeda que também reclama a sociedade
ao governo”, pontua.
OAB acompanha casos de violência
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves, afirma que a entidade está acompanhando de perto a questão dos protestos, em especial o dos advogados que defendem manifestantes em casos de excessos por parte das forças policiais. "A OAB está do lado desses advogados, se eles virem obstáculos no exercício da profissão deles. O que a gente orienta é que cada pessoa que se sentiu vítima de abuso de autoridade procure seu advogado e ele vai cobrar da Corregedoria ou mesmo entrar em juízo em favor de seus clientes. Esses advogados, encontrando inércia por parte da Corregedoria ou do aparelho policial, terá na OAB seu escudo protetor para cobrar essa ação", garante Alves.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves, afirma que a entidade está acompanhando de perto a questão dos protestos, em especial o dos advogados que defendem manifestantes em casos de excessos por parte das forças policiais. "A OAB está do lado desses advogados, se eles virem obstáculos no exercício da profissão deles. O que a gente orienta é que cada pessoa que se sentiu vítima de abuso de autoridade procure seu advogado e ele vai cobrar da Corregedoria ou mesmo entrar em juízo em favor de seus clientes. Esses advogados, encontrando inércia por parte da Corregedoria ou do aparelho policial, terá na OAB seu escudo protetor para cobrar essa ação", garante Alves.
Uma
comissão da entidade está acompanhando cada caso de violência e também
participando da discussão para a construção do protocolo para
manifestações públicas, que está sendo elaborado pela Secretaria de
Defesa Social.
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