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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cb Wilson não descarta paralisação da PM de SP

Escrito por PolicialBR
Wilson Morais declarou que o grupo irá discutir a criação de um movimento em defesa dos policiais Ana Ignacio/R7
No momento, a questão não é paralisação. A paralisação é radical, seria o último caso, disse cabo Wilson presidente da Associação dos cabos e soldados da PMESP. Com baixos salários e condições ruins de trabalho, policiais militares se reúnem para “pedir socorro”  Associação não descarta realizar manifestações para forçar diálogo com o governo.
Wilson Morais, presidente da associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo, declarou que o grupo irá discutir a criação de um movimento permanente em defesa dos policiais.
Segundo ele, os policiais do Estado possuem o 12º pior salário do País e ainda não tiveram reajuste em 2013.  Além disso, a associação reclama das condições de habitação e saúde a que são submetidos.
— O policial hoje está morando em favela porque não tem condição de pagar um aluguel, mora em cortiço por causa da baixa remuneração. São vários problemas. Queremos mostrar que a polícia precisa de socorro. E quem pode dar esse socorro são as autoridades. Estamos pedindo socorro para o governador, a presidente da República que são as pessoas que podem fazer alguma coisa pela polícia.
As entidades também irão debater nessa reunião mudanças no Código Penal — elas pedem que o assassinato de policiais seja considerado crime hediondo e defendem a redução da maioridade penal — a credibilidade e papel dos policiais na sociedade e a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 300, que estabelece um piso salarial nacional para a categoria.
O grupo quer pedir uma reunião com o secretário da Casa Civil para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebe representantes da categoria para debater as principais reivindicações. Manifestações também não estão descartadas. Sobre a possibilidade de uma paralisação, Morais disse que isso só será cogitado em último caso.
— No momento, a questão não é paralisação. A paralisação é radical, seria o último caso. Estamos a favor da negociação. Vamos procurar o Governo. Se não houver essa reunião, aí sim vamos para a manifestação pública. Um ato público para mostrar para o governo e para a sociedade as necessidades dos policiais hoje.
A pauta de demandas que será enviada ao governador vai ser fechada na próxima sexta-feira (12) em nova reunião das categorias. O principal pedido será em relação ao aumento salarial.
Manifestações 
Morais falou também sobre o reflexo das manifestações em São Paulo no dia a dia dos policiais. Segundo ele, os atos “mexeram muito” com todos. Alguns profissionais chegram a trabalhar 24 horas seguidas durante os dias de protestos na cidade.
— Mexeu muito, psicologicamente inclusive.
No entanto, Morais declarou que a a categoria apois as manifestações.
— O movimento é válido, o povo tem que ir para rua para melhorar as condições de vida de todos os cidadãos e não somos contra. Somos contra os movimentos de depredação que é quando a polícia atua e é sempre questionada porque usou da força.
Em relação aos confrontos ocorridos entre policiais e manifestantes e aos casos de abuso policial, Morais explicou que as ações foram todas realizadas por ordem do governo.
— O policial não vai para a avenida paulista sem autorização. Sempre é ordem do governo. E os abusos são exceções e estão sendo apurados pela corregedoria da Polícia Militar, que é muito séria.
(R7)

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