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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Radicalização e estupidez

protestos


 
Foto: Angélica Souza/JC Trânsito
Por Jorge Cavalcanti
Na coluna JC nas Ruas do Jornal do commercio desta quinta-feira (22).

O Centro do Recife assistiu, ontem, ao protesto mais violento que se tem notícia. Nenhuma das dezenas de manifestações já realizadas contra aumento da tarifa de ônibus chegou a este nível. Jovens mascarados, munidos com escudos de madeira e porretes de pau. Coletivos incendiados, paradas e vidraças quebradas, estações de bicicletas destruídas e a população em pânico. Os que foram às ruas pedir melhorias no  transporte público deixaram para trás um rastro de vandalismo.

Há quem defenda a depredação "consciente" como meio para se chegar ao objetivo. Sou contra. Abre-se a porta para excessos de todos os tipos. Também não simpatizo com a ideia de reclamar com a face encoberta. Quem vai à rua protestar de forma organizada e ordeira não tem motivos para se esconder.

Já escrevi aqui sobre repensar a forma quase monotemática de protestar bloqueando avenidas. É preciso ser criativo, constranger, conquistar a adesão da população para se chegar aonde se quer.

Os manifestantes que mostraram tanta disposição ontem poderiam optar por outro caminho. Eles desejam a instalação do passe livre e mais transparência no setor de transporte público. Poderiam, então, ocupar a calçada em frente à casa do presidente da Câmara ou do prefeito da cidade, por exemplo. Mas preferiram deixar a população com alguns ônibus a menos hoje.
O empresariado é quem agradece. Ganha, de mão beijada, argumentos em favor do aumento da passagem. Entre o mar e o rochedo, quem sofre é o marisco.
Postado por Paulo Veras / http://sargentoricardo.blogspot.com.br/

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