Ao
menos 27 categorias profissionais ligadas a oito centrais sindicais já
informaram que vão participar das manifestações, greves e paralisações
marcadas para a próxima quinta-feira, dia 11.
Apesar
de o número de trabalhadores que devem participar de passeatas e
paralisações (parciais ou previstas para durar 24 horas) não ser
estimado pelas entidades, alguns sindicalistas comentam nos bastidores
que esperam mais de 300 mil nas ruas.
Motoristas
de ônibus, metroviários e motoboys são categorias do setor de
transporte que prometem parar em vários Estados do país.
No setor
industrial, metalúrgicos, químicos, trabalhadores da alimentação,
têxteis, costureiras, operários da construção civil, entre outros, já
realizaram assembleias em várias cidades para cruzar os braços na mesma
data.
Em São
Paulo, no ABC e em São José dos Campos, os metalúrgicos também preparam
manifestações nas rodovias Dutra e Anchieta que devem reunir operários
de montadoras dessas localidades.
"As
adesões crescem com a proximidade do dia 11. Empregados da Ceagesp, do
setor de asseio e conservação e os terceirizados são algumas das
categorias que decidiram parar", diz Ricardo Patah, presidente da UGT.
Entre os
sindicatos ligados à CSP-Conlutas (PSTU, PSOL e outros), os de
petroleiros de Sergipe e Alagoas, funcionários dos Correios de
Pernambuco e operários da construção pesada do Pará (de obras como as da
Usina Hidrelétrica de Belo Monte) também prometem adesão às greves.
Chamado
de Dia Nacional de Luta, o protesto já causa reação do empresariado. Em
carta aberta aos associados, o Sindimaq, que reúne as indústrias de
máquinas do país, classifica o movimento como "absurdo" e "inoportuno".
"Querem
parar o Brasil, parar a produção, parar hospitais e serviços essenciais,
parar portos e aeroportos, sem se preocupar com o enorme preço que
pagaremos se essa ideia vingar", diz a publicação "A voz do emprego".
Para a
entidade, a greve é um direito legítimo dos trabalhadores, "mas que
precisa ser usado com responsabilidade". No comunicado, o sindicato
patronal destaca que "uma greve geral é ilegal, incomoda todo o mundo,
interrompe as atividades produtivas, é prejudicial ao Brasil. Não entre
nessa".
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário