Polícia Civil de Pernambuco está chiando com os cortes
A redução de custos e a revolta dos policiais civis do estado
Diário de Pernambuco
Apesar de
afirmar em alto e bom som que o programa Pacto pela Vida é sua menina
dos olhos e que está conseguindo mudar a realidade de Pernambuco, o
governo do estado está apertando o cinto no quesito segurança e deixando
os profissionais de segurança pública de cabelos em pé. Denúncia
enviada ao blog revela que mais de 60 viaturas da Polícia Civil foram
retiradas de circulação nos últimos dias devido à redução de custos.
Isso sem falar que a verba destinada para os combustíveis que restaram
foi reduzida, os créditos dos telefones celulares funcionais também
diminuíram e os salários seguem defasados.
A decisão dos
gestores parece contraditória ao que prega o Pacto pela Vida, que é a
valorização do policial e a melhoria nas condições de trabalho para a
redução da criminalidade. Os policiais civis estão, e com toda razão,
revoltados com a medida e esperam que o governo reveja a situação dos
profissionais que trabalham para deixar o estado mais seguro. Como bem
ressaltou o governador Eduardo Campos, Pernambuco foi o único estado do
Nordeste que conseguiu reduzir os índices de criminalidade. Então, nada
mais justo que recompensar quem tem feito esse trabalho.
Outra
determinação que tem deixado os policiais irados foi a de que as
viaturas oficiais, aquelas usadas pelos delegados, gestores, diretores e
até pelo chefe de polícia, só podem ser utilizadas agora para questões
de trabalho durante o horário do expediente. A ordem do governo
inviabiliza o serviço investigativo da Polícia Civil fora da “jornada
oficial” de trabalho. Os servidores da Polícia Civil, diferentemente dos
da Polícia Militar, trabalham com produção investigativa, ou seja,
precisam constantemente estar em contato com informantes, fazer
levantamentos de suspeitos e cumprir mandados de prisão. O que ocorre,
na maioria das vezes, fora do horário das 8h às 18h. A categoria já
pensa inclusive em fazer uma assembleia para estudar a possibilidade de
paralisação.
“A recente
determinação governamental dificulta a utilização de viaturas oficiais à
noite, de madrugada e nos finais de semana, justamente naqueles dias e
horários em que o crime e os criminosos vêm à tona. Quem perde dessa
maneira, sem sombra de dúvida, é a sociedade”, ponderou um policial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário