MINISTÉRIO PUBLICO DENUNCIA PMs DE CRIMES DE SEGURANÇA NACIONAL. SERÁ O INICIO DE UMA POSSÍVEL REVOLTA AS VÉSPERAS DA COPA?
MPF-BA diz que maioria dos crimes cometidos é contra segurança nacional.
Entre denunciados está o vereador Marco Prisco, de Salvador.
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Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF- BA) por diversos crimes praticados durante agreve da
Polícia Militar, ocorrida entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro
de 2012, na Bahia. Segundo o MPF, entre os envolvidos estão vereadores,
soldados e cabos da PM que teriam cometido diversos crimes, a maioria
deles contra a segurança nacional.
Foram denunciados o vereador de Salvador, Marco Prisco (ex-policial militar), o vereador de Jequié Gilvan
Souza Santana, o cabo Jeoás Nascimento dos Santos, os soldados Josafá
Ramos dos Santos e Jeane Batista de Souza, alé do líder da greve dos
Bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, e
David Salomão dos Santos Lima, de Vitória da Conquista.
O G1 tentou
entrar em contato com os sete homens e com a Associação de Policiais e
Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), mas não obteve êxito.
Em nota divulgada à imprensa, o MPF afirma que os sete formaram uma
“quadrilha armada com o objetivo de lesar e expor a perigo o Estado
Democrático de Direito, com articulação nacional e nítida motivação
política, aterrorizando a população baiana, ao ordenar e executar a
prática de uma série de crimes”. De acordo com o órgão, o grupo
prolongou a greve para que policiais de outras cidades baianas e estados
também aderissem ao movimento.
Segundo informou o Ministério Público Federal, entre os crimes que o
grupo irá responder estão: associarem-se mais de três pessoas, em
quadrilha ou bando armado, para o fim de cometer crime; impedir, com
violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da
União ou dos Estados; apoderar-se ou exercer o controle de veículo de
transporte coletivo, com emprego de violência ou grave ameaça à
tripulação ou a passageiros; praticar sabotagem contra instalações
militares, meios e vias de transporte; paralisar total ou parcialmente,
atividade ou serviços públicos essenciais para a defesa, a segurança ou a
economia do país; incitar à subversão da ordem política ou social;
constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização
paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão; submeter criança ou
adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
constrangimento.
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O Ministério Público Federal destaca que a estratégia do grupo
denunciado visava, "não somente o aumento dos próprios capitais
políticos, mas também forçar o Congresso Nacional a aprovar a Proposta
de Emenda Constitucional (PEC), que altera o parágrafo 9º do art. 144 da
Constituição da República, estabelecendo um piso salarial nacional para
a categoria”.
Em relação ao vereador Marco Prisco, o órgão conta que ele foi o
“principal beneficiário dos atos criminosos”, já que foi eleito vereador
em 2012. Segundo o MPF, os policiais ocuparam a Assembleia Legislativa
da Bahia (ALBA) sob o comando de Prisco.
Prejuízos
A nota do MPF relata ainda que os denunciados determinaram, durante a greve, que fossem tomadas ou depredadas viaturas que realizavam o policiamento dentro de Salvador, “a fim de causar dano e paralisação dos serviços públicos essenciais à segurança da sociedade”.
A nota do MPF relata ainda que os denunciados determinaram, durante a greve, que fossem tomadas ou depredadas viaturas que realizavam o policiamento dentro de Salvador, “a fim de causar dano e paralisação dos serviços públicos essenciais à segurança da sociedade”.
Em razão da greve, foram mobilizadas 49 militares da Aeronáutica, que
transportaram integrantes do Exército e da Força Nacional de Segurança,
154 fuzileiros navais e mais de 4 mil militares do Exército, totalizando
4.635 militares na operação. De acordo o MPF, os gastos realizados com a
Operação Bahia somaram cerca de 14,4 milhões de reais.
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