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domingo, 5 de junho de 2011

Mãe, quando eu crescer quero ser preso


O Rio de Janeiro pegando fogo e o governador Sérgio Cabral manda prender bombeiros. “Vândalos”, segundo ele. De um dia para o outro, heróis amanheceram aquartelados, acuados pelo Bope e tratados como inimigos públicos.

As autoridades fluminenses podem falar o que quiser. Se preferir, podem até estar cobertas de razão. Disciplina, hierarquia, respeito à instituição. Tudo isso vira cinzas diante de um número: 950.
É esse o salário inicial de um bombeiro no Rio: R$950. É esse o pagamento por arriscarem suas vidas para salvar a dos outros. Isso, sim, deveria ser caso de polícia. Emergência.
Quando uma criança sonha em entrar para o Corpo de Bombeiros, servir à população e ser um soldado do bem, um pai, a partir de agora, tem a obrigação de alertá-la: não vale a pena. Esse sonho, que pertence à infância de quase todos nós, não passa de um pesadelo.
O Estado do Rio de Janeiro ameaça expulsar os 439 bombeiros presos. Blefe, balela.  Fogo de palha. Todos sabem que a população tem enorme simpatia pela corporação. Ninguém quer que heróis se tornem mártires.
Se o governo do Rio quer apagar esse incêndio, vai ter que tratar com respeito seus soldados. Vai ter que botar água nessa fervura. E que envie logo os primeiros sinais de fumaça. Trégua. Paz.

- Sgt Wellington - Colaborador


http://sargentoricardo.blogspot.com

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