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sábado, 18 de junho de 2011

Enxaqueca: 1ª cirurgia em Pernambuco

Enxaqueca: 1ª cirurgia em Pernambuco
Procedimento realizado por médico do HSE ajudou paciente a acabar com dores

JULIANA ARETAKIS

Tirando o bom humor e a paciência de muita gente, as crises de enxaqueca já se tornaram verdadeiras inimigas do sossego. Segundo dados mundiais, 18% da população feminina e 6% da masculina sofrem com a doença que virou sinônimo de incômodo. Mas saindo na frente de todo o País, o Recife ganhou destaque na área da medicina, realizando, no Hospital dos Servidores do Estado (HSE), a primeira cirurgia de enxaqueca do Brasil. Após curso nos Estados Unidos, em outubro de 2010, o cirurgião crânio-maxilo-facial Corintho Viana trouxe à Capital pernambucana um método estabelecido desde o ano 2000 naquele país, desenvolvido pelo médico Bahaman Guyuron. O resultado foi uma rotina comemorada a cada hora pela professora Terezinha Ferreira Lemos, 55.

Moradora do município de Gravatá a docente sofria com a doença há mais de 15 anos. As crises mais fortes duravam de três a cinco dias, mas Terezinha diz não lembrar dos momentos em que não sentiu dores. Entre os medicamentos utilizados e médicos procurados, um longo histórico persegue a professora. Apesar das fortes dores, o diagnóstico de Terezinha era sempre de problemas na coluna. Porém, em consulta ao doutor Viana, ela descobriu que a dor que sentia se tratava de uma enxaqueca occipital, por trás do pescoço. “Eu já tinha tentado de tudo, nada adiantava. Minha bolsa andava cheia de remédios mas não faziam mais efeito. Na escola onde eu trabalhava sempre sofria com as dores e muitas vezes tinha que me afastar para tentar melhorar”, contou.

Hoje, a realidade de Terezinha, que realizou a cirurgia no último dia 20 de janeiro, já é bem diferente. “Já estou há 13 dias sem sentir dores. Isso nunca aconteceu comigo antes”, comemorou. O procedimento durou cerca de uma hora e meia e utilizou uma substância conhecida pelos adeptos das cirurgias plásticas: a toxina botulínica. No caso de Terezinha foi feita uma pequena inserção na parte de trás do pescoço para diminuir a compressão do nervo por um músculo. Quando a enxaqueca acontece na parte frontal da cabeça, o que ocorre é a retirada do nervo.

Segundo o médico, as complicações são bem aquém dos resultados. “A complicação é a pessoa ficar sem rugas ou a cirurgia não fazer efeito”, contou, demonstrando o baixo risco do procedimento. Ainda de acordo com o especialista, a cirurgia apresentou bons resultados nos EUA. “De 89% das pessoas submetidas à cirurgia, 47% melhoraram totalmente. Outras 53% apresentaram melhora de mais de 50%, o que já é muito válido para um pessoa que tem crises que chegam a durar dez dias”, informou. O método está sendo analisado pelo Cremepe e, por enquanto, deverá ser realizado apenas de forma experimental.

http://sargentoricardo.blogspot.com/

Fonte:Folhape/

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