Se você pensa em dar uma “escapulida” do relacionamento, pode encontrar um novo parceiro em uma polêmica rede social. Acaba de entrar no ar no Brasil o Second Love, site destinado especialmente àqueles que querem se “aventurar” fora do casamento ou relação. Desde a última segunda-feira, é possível criar o cadastro em www.secondlove.com.br. Todas as funcionalidades da página, porém, só estarão disponíveis em julho.
A porta-voz do Second Love no Brasil, Anabela Santos, conta que a ideia do site é diferente da de grande parte das redes de relacionamento, que focam no público solteiro em busca de relações estáveis. A intenção não é incentivar a traição, segundo ela, mas “apimentar” os relacionamentos. “A opção de ir além de um simples bate-papo virtual é de cada usuário”, afirma.
Realidade. Por outro lado, para quem já cultiva o hábito da “pulada de cerca”, o Second Love talvez não seja um atrativo. Geraldo*, 41, é casado há 18 anos e tem duas filhas adolescentes com a esposa. Desde a primeira gravidez da mulher, o ator de teatro confessa que procurou relações fora do casamento. “Chega uma época em que a mulher talvez se esqueça da questão sexual. Ela tem a rotina dupla, atividades que tomam tempo, como cuidar de filho, da casa. O cara pode trabalhar o dia todo e querer sexo ainda”, compara.
Mas Geraldo diz que não tem fetiche com a internet. “Gosto de olhar nos olhos, ver a forma de a pessoa se expressar. Na internet, você pode se mascarar, coisa que não acontece ao vivo, no carro, ouvindo música”. Ele revela que se relaciona com várias mulheres e que as oportunidades de “flertes” são diversas. “Às vezes, em um evento, na padaria, no sinal de trânsito. O que eu busco é dar prazer, mais até do que receber”, explica.
A advogada e analista em logística Alice*, 45, casada há 20 anos, concorda que as relações extraconjugais devem começar e permanecer presenciais. Ela diz que conhece os parceiros em situações variadas, como no aeroporto, trabalho, seminários e visitas profissionais. “Gosto do olhar, do toque, das propostas faladas, não escritas”, conta.
Mesmo afirmando que gosta do marido e que não tem vontade de se separar dele, Alice confessa que se sente bem mantendo relações por fora. “É por puro tesão, opiniões e posições diferentes, conversas gostosas. Pode pintar paixão, mas é sem qualquer pretensão de compromisso”, revela. “Coisa de ‘cafa’ mesmo”, brinca.
Para quem pretende iniciar a aventura no Second Love, a relação pode permanecer por anos sem encontros físicos, segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). “Há quem comece por aí e se sinta mais protegido com esse tipo de alternativa, imaginando que vai ficar nessa situação. Mas pode ser uma entrada para um novo relacionamento presencial”, afirma, alertando que a pessoa interessada em “pular a cerca”, mesmo que virtualmente, deve estar preparada para as consequências.
* Nomes Fictícios
Fonte: vale noticias/http://sargentoricardo.blogspot.com/
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