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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Second Love: Chega ao Brasil rede social destinada às pessoas que procuram parceiros fora do relacionamento

Se você pensa em dar uma “escapulida” do relacionamento, pode encontrar um novo parceiro em uma polêmica rede social. Acaba de entrar no ar no Brasil o Second Love, site destinado especialmente àqueles que querem se “aventurar” fora do casamento ou relação. Desde a última segunda-feira, é possível criar o cadastro em www.secondlove.com.br. Todas as funcionalidades da página, porém, só estarão disponíveis em julho.

A porta-voz do Second Love no Brasil, Anabela Santos, conta que a ideia do site é diferente da de grande parte das redes de relacionamento, que focam no público solteiro em busca de relações estáveis. A intenção não é incentivar a traição, segundo ela, mas “apimentar” os relacionamentos. “A opção de ir além de um simples bate-papo virtual é de cada usuário”, afirma.

Realidade. Por outro lado, para quem já cultiva o hábito da “pulada de cerca”, o Second Love talvez não seja um atrativo. Geraldo*, 41, é casado há 18 anos e tem duas filhas adolescentes com a esposa. Desde a primeira gravidez da mulher, o ator de teatro confessa que procurou relações fora do casamento. “Chega uma época em que a mulher talvez se esqueça da questão sexual. Ela tem a rotina dupla, atividades que tomam tempo, como cuidar de filho, da casa. O cara pode trabalhar o dia todo e querer sexo ainda”, compara.

Mas Geraldo diz que não tem fetiche com a internet. “Gosto de olhar nos olhos, ver a forma de a pessoa se expressar. Na internet, você pode se mascarar, coisa que não acontece ao vivo, no carro, ouvindo música”. Ele revela que se relaciona com várias mulheres e que as oportunidades de “flertes” são diversas. “Às vezes, em um evento, na padaria, no sinal de trânsito. O que eu busco é dar prazer, mais até do que receber”, explica.

A advogada e analista em logística Alice*, 45, casada há 20 anos, concorda que as relações extraconjugais devem começar e permanecer presenciais. Ela diz que conhece os parceiros em situações variadas, como no aeroporto, trabalho, seminários e visitas profissionais. “Gosto do olhar, do toque, das propostas faladas, não escritas”, conta.

Mesmo afirmando que gosta do marido e que não tem vontade de se separar dele, Alice confessa que se sente bem mantendo relações por fora. “É por puro tesão, opiniões e posições diferentes, conversas gostosas. Pode pintar paixão, mas é sem qualquer pretensão de compromisso”, revela. “Coisa de ‘cafa’ mesmo”, brinca.

Para quem pretende iniciar a aventura no Second Love, a relação pode permanecer por anos sem encontros físicos, segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). “Há quem comece por aí e se sinta mais protegido com esse tipo de alternativa, imaginando que vai ficar nessa situação. Mas pode ser uma entrada para um novo relacionamento presencial”, afirma, alertando que a pessoa interessada em “pular a cerca”, mesmo que virtualmente, deve estar preparada para as consequências.

* Nomes Fictícios

Fonte: vale noticias/http://sargentoricardo.blogspot.com/

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