Quem avisa, amigo é. Cuidado com o engodo chamado financiamento público de campanha.
Anotem o que vou dizer: o custo de uma eleição, se aprovado o financimento público, sairá mais caro ainda, a considerar que os candidatos não deixarão de, na esfera privada, arrecadar fundos para a mesma finalidade. É que os doadores, aqueles que vivem pendurados nas tetas do Estado, farão questão se continuar fazendo mimos aos candidatos, para assegurar a sua influência sobre o ente público.
Um dado estarrecedor, a propósito: o dinheiro movimentado pelos candidatos nas últimas eleições chegou a R$ 3,3 bilhões.
Detalhe: esse montante traduz apenas o valor declarado. E nós não somos ingênuos a ponto de não perceber que gastou-se pelo menos o dobro, em face do famigerado caixa dois.
Outro detalhe: essa conta nós, eleitores, pagamos. Com o financiamento público, pagaremos a conta duas vezes.
Um país com essas e outras gravíssimas distorções, tem jeito?
Ah, não esqueçam que, ao lado de tudo isso, além do mais, eles ainda desviam o dinheiro da educação e da saúde, sobre os quais não se exerce nenhum tipo de fiscalização.
Esse é mesmo um país maravilhoso – para os espertalhões, registre-se.
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