PMs de Minas oferecem serviço de “escolta” para a população
Para isso, basta agendar o serviço com a PM mineira com pelo menos três dias de antecedência, de acordo com a mídia. Seria uma “delicadeza” da Polícia Militar se não houvesse um problema sério: a PM estaria cobrando uma taxa pelo serviço. E, de acordo com a imprensa mineira, existe até uma tabela que varia de R$ 20,00 por uma hora de “acompanhamento” feito por um policial a pé até R$ 100,00 se o serviço for feito por uma viatura com quatro policiais.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Uberlândia, Milton Donizete Campos estanhou a informação: “Já pedimos uma reunião com o comandante da região para que esclareça essa situação, porque não há qualquer amparo na lei para isso”, diz.
A novidade causa estranheza à população. Afinal, a Polícia Militar é paga pelos cidadãos, que recolhem impostos para ter garantida a segurança. E Polícia Militar deve fazer segurança pública. Para atuar como segurança privada, que cobra por seus serviços, a Legislação prevê a existência de segurança privada.
O mais estranho nessa história é que aparentemente, os PMs estariam oferecendo serviços particulares no mesmo horário em que deviam estar atuando como agentes públicos. “Eles estão usando as viaturas, o combustível, armas, uniformes e equipamentos e profissionais pagos pelo Estado com os recursos arrecadados dos cidadãos”, estranha Milton Donizete Campos. “Precisamos esclarecer essa situação”.
Em maio deste ano, a Polícia Militar do Distrito Federal baixou uma portaria para regulamentar os serviços dos policias em seu horário de folga. Não funcionou. Não apenas os vigilantes, mas os cidadãos dos DF se posicionaram contra a “novidade”. Resultado: o comando da PM do DF recuou e desistiu de permitir o trabalho no horário de folga dos policiais.
A CNTV, que na época já se manifestou contrariamente aos “bicos” de Policiais agora estranha ainda mais o “bico” durante a jornada de trabalho dos policiais e pergunta: as taxas cobradas para garantir a tal “escolta” servem a que propósito? Quem fica com esse dinheiro? E quem garante a segurança da população e das ruas enquanto os policiais, pagos com recursos públicos, atuam como seguranças privados fazendo “escolta”?
Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Publicada em 12/11/10
OBS: Matéria extraída de DicaSeg.com
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