Major diz que indiciamento é perseguição
Major Estevão foi ouvido no Ministério Público e disse que inquérito policial militar o acusa indevidamente
Daniel Dabasi
O major Roberto Estevão dos Santos, do Corpo de Bombeiros, indiciado por envolvimento no desvio de donativos que seriam destinados às vítimas das enchentes em Alagoas, foi ao Ministério Público do Estado, na manhã desta sexta-feira (13), para denunciar que está sendo perseguido por membros da corporação. Em depoimento ao promotor Flávio Gomes, que está acompanhando o caso, o major disse que ficou surpreso quando soube de seu indiciamento. Com isso, o oficial resolveu constituir um advogado e formalizar a denúncia no MPE. O major, que trouxe à tona o desvio das doações acabou sendo apontado como culpado na conclusão do inquérito policial militar.
De acordo com o major, os autos do inquérito, que apontam crimes de peculato, desrespeito à autoridade e abuso de confiança, não revelam, de fato, a participação dele no crime. Segundo ele, somente os demais indiciados que o acusam de participação. “Pedi a cópia e li atentamente os autos. Não existe nada que me incrimina. Quem me acusa são os indiciados e o presidente do inquérito que só se direciona a mim nos autos. Não tem nexo nenhum. É tudo 'enchimento de linguiça'”, desabafa o major, que acredita que foi indiciado em represália à denúncia feita.
Em entrevista à imprensa, o major Estevão foi mais além e denunciou que os roubos no quartel do Corpo de Bombeiros são mais freqüentes do se imagina. “Já furtaram notebook e vários outros aparelhos eletrônicos, some até mesmo motor de geladeira, e nunca fizeram um inquérito policial militar para investigar. O oficial, que hoje está a disposição do secretário de Defesa Social Paulo Rubim, disse em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas que teme por sua vida, que anda com colete à prova de balas e fala em ir embora de Alagoas.
O promotor Flávio Gomes disse que ainda não tem conhecimento dos autos e por esse motivo solicitou uma cópia do inquérito ao comando do Corpo de Bombeiros, que terá cinco dias úteis para enviar o documento. O promotor disse que só depois que analisar os autos é que vai se reunir com as promotoras Cecília Carnaúba e Michelinne Tenório para resolver se oferece ou não a denúncia à Justiça.
Entenda o caso
O escândalo do desvio de donativos tornou-se público há quase um mês quando o major Roberto Estevão denunciou militares do corpo de bombeiros por desvio de donativos que seriam entregues às vítimas das cheias que desvataram cidades do interior alagoano.
Investigações apontaram o coronel Josivaldo Feliciano de Almeida, o capitão Renivaldo de Lima Barbosa e o tenente Ederaldo dos Santos Gomes como membros da corporação que teriam sido flagrados pelo major Estevão desviando sandálias de um galpão, no Barro Duro.
O caso foi apurado também num inquérito da Polícia Civil e numa investigação especial do Ministério Público do Estado. Nos dois procedimentos, foram descartadas quaisquer suspeitas contra o major Roberto Estevão, ao contrário do que ocorreu no inquérito policial militar, que segundo o próprio major, o coloca na linha de frente das acusações. Os oficiais apontados por ele como os responsáveis pelo suposto crime foram denunciados por peculato e prevaricação.
Fonte: Gazetaweb http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=21069
Major Estevão foi ouvido no Ministério Público e disse que inquérito policial militar o acusa indevidamente
Daniel Dabasi
O major Roberto Estevão dos Santos, do Corpo de Bombeiros, indiciado por envolvimento no desvio de donativos que seriam destinados às vítimas das enchentes em Alagoas, foi ao Ministério Público do Estado, na manhã desta sexta-feira (13), para denunciar que está sendo perseguido por membros da corporação. Em depoimento ao promotor Flávio Gomes, que está acompanhando o caso, o major disse que ficou surpreso quando soube de seu indiciamento. Com isso, o oficial resolveu constituir um advogado e formalizar a denúncia no MPE. O major, que trouxe à tona o desvio das doações acabou sendo apontado como culpado na conclusão do inquérito policial militar.
De acordo com o major, os autos do inquérito, que apontam crimes de peculato, desrespeito à autoridade e abuso de confiança, não revelam, de fato, a participação dele no crime. Segundo ele, somente os demais indiciados que o acusam de participação. “Pedi a cópia e li atentamente os autos. Não existe nada que me incrimina. Quem me acusa são os indiciados e o presidente do inquérito que só se direciona a mim nos autos. Não tem nexo nenhum. É tudo 'enchimento de linguiça'”, desabafa o major, que acredita que foi indiciado em represália à denúncia feita.
Em entrevista à imprensa, o major Estevão foi mais além e denunciou que os roubos no quartel do Corpo de Bombeiros são mais freqüentes do se imagina. “Já furtaram notebook e vários outros aparelhos eletrônicos, some até mesmo motor de geladeira, e nunca fizeram um inquérito policial militar para investigar. O oficial, que hoje está a disposição do secretário de Defesa Social Paulo Rubim, disse em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas que teme por sua vida, que anda com colete à prova de balas e fala em ir embora de Alagoas.
O promotor Flávio Gomes disse que ainda não tem conhecimento dos autos e por esse motivo solicitou uma cópia do inquérito ao comando do Corpo de Bombeiros, que terá cinco dias úteis para enviar o documento. O promotor disse que só depois que analisar os autos é que vai se reunir com as promotoras Cecília Carnaúba e Michelinne Tenório para resolver se oferece ou não a denúncia à Justiça.
Entenda o caso
O escândalo do desvio de donativos tornou-se público há quase um mês quando o major Roberto Estevão denunciou militares do corpo de bombeiros por desvio de donativos que seriam entregues às vítimas das cheias que desvataram cidades do interior alagoano.
Investigações apontaram o coronel Josivaldo Feliciano de Almeida, o capitão Renivaldo de Lima Barbosa e o tenente Ederaldo dos Santos Gomes como membros da corporação que teriam sido flagrados pelo major Estevão desviando sandálias de um galpão, no Barro Duro.
O caso foi apurado também num inquérito da Polícia Civil e numa investigação especial do Ministério Público do Estado. Nos dois procedimentos, foram descartadas quaisquer suspeitas contra o major Roberto Estevão, ao contrário do que ocorreu no inquérito policial militar, que segundo o próprio major, o coloca na linha de frente das acusações. Os oficiais apontados por ele como os responsáveis pelo suposto crime foram denunciados por peculato e prevaricação.
Fonte: Gazetaweb http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=21069
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