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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Governo de Pernambuco informa que este ano não haverá reajuste salarial para os servidores em geral

economia

Secretario da Fazenda de Paulo Câmara diz que aumento de salário só com crescimento da arrecadação

Publicado em 01/04/2015 às 14:49 por em Notícias
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Em meio a pressão dos servidores estaduais por aumentos e concursos, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Márcio Stefanni, confirmou nesta quarta-feira (1º), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que o Governo do Estado ultrapassou o limite prudencial de gasto com pessoal determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e só poderá atender essas demandas se houve aumento de arrecadação.
“O governo federal tem falado em aumento de imposto. Aqui, em nenhum momento, a gente falou em aumento de impostos. Pretendo manter a política dos últimos oito anos que foi crescer sem aumento de imposto. Mas a gente está vendo aí [o cenário]”, afirmou. Ele garantiu que o projeto que reajustou o piso dos professores, aprovado pela Alepe, está garantido, mas outros aumentos só se o resultado dos próximos meses for favorável.
Nos dois primeiros meses de 2015, o gasto de pessoal do Estado atingiu 47,14% da receita corrente líquida. A LRF determina que o limite prudencial é de 46,55%. Acima disso, os governos ficam proibidos de dar aumentos que não sejam autorizados pela Justiça e não podem contratar funcionários que não sejam para repor pessoal em áreas estratégicas como saúde, educação e segurança.
“Nós não podemos crescer a receita com pessoal se a arrecadação não subir. A arrecadação pode subir. A gente tem que manter e a arrecadação subir”, respondeu Stefanni, ao ser questionado sobre como fazer para evitar que a despesa ultrapasse o limite máximo de 49%, que impediria até a contração de financiamento.
Ainda segundo o secretário, o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços) cresceu 6,8% nos dois primeiros meses do ano, menos que os 8% de 2014. Já o Fundo de Participação dos Estados recuou 0,6%.
Para Stefanni, o principal desafio é a desaceleração econômica no País. “Os outros estados estão aí parados. A situação que a gente ouve é de um pré-colapso. Não em Pernambuco. Mas de um pré-colapso em quem está muito estourado”, projeta.
“O ICMS continua a crescer, mas cresce menos em termos nominais. E é possível que haja uma queda real. Quando você põe a inflação, cresceu 6,8%, pode dar um resultado negativo”, explica. “O cenário pode ser melhor, mas ele está se desenhando pior”, admite.
O secretário garante que o governo tem feito esforço para melhorar a arrecadação, enquanto espera que a economia se recupere. Uma das apostas é o aumento com a captação de tributos com a produção de automóveis na fábrica da Jeep, em Goiana.
http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/page/2/ http://sargentoricardo.blogspot.com.br/

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