Policiais militares e bombeiros querem reposição e não descartam aquartelamento
Sexta, 09 Maio 2014 09:55
Policiais
militares e bombeiros graduados de Mato Grosso afirmam que não abrem mão
de reajustes dos salários defasados e não descartam aquartelamento, a
partir do dia 13 deste mês, quando os oficiais devem fazer uma
assembleia em Cuiabá. Até lá, o governo do Estado tem prazo para
responder a proposta da categoria que prevê o reajuste em 40% dos
salários de forma parcelada durante um ano e meio e o pagamento de
benefícios, como adicional noturno e insalubridade. O Executivo ainda
não se pronunciou.
“Nossa proposta foi enviada no final de março, mas não tivemos nenhuma
resposta e é esse silêncio do governo que vem causando certa ansiedade
em todos nós”, declarou. A proposta da categoria foi protocolizada no
Comando Geral da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares, na
Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e na Casa Militar.
Siqueira
explicou que as exigências por melhores salários se intensificaram
depois que o Governo estadual passou a exigir nível superior para o
ingresso na carreira Militar. Agora a categoria quer que o salário seja
equivalente a outras categorias do Estado. “Queremos salário de nível
superior, algo próximo a R$ 4 mil, hoje o salário inicial é de R$ 2.600,
o que não é atrativo”, explicou. Segundo ele, o salário dos oficiais
está defasado em 40% se comparado com outras carreiras.
No próximo dia 13 a categoria deve se reunir em Cuiabá. Esse é o prazo
dado ao Governo para responder a proposta apresentada. A assembleia deve
avaliar a possível resposta do executivo ou medidas para reivindicar,
nesse caso o major admite a possibilidade de greve.
“Ainda estamos
negociando com o Governo, mas caso não haja respostas ou não seja
satisfatória, ai sim poderemos tomar medidas, entre elas uma greve”,
disse o presidente da Assof. No restante do estado também estão sendo
feitas assembleias regionais para debater o tema.
Wanderson Siqueira comentou que a defasagem no número de profissionais é
histórica, mas que essa não é um reivindicação no momento. “No primeiro
momento queremos garantir qualidade a quem já está dentro (carreira
Militar), posteriormente queremos reivindicar outros pontos”, explicou.
A assessoria da Polícia Militar informou que o comando está aberto a
negociações, mas não foi procurado pela Assof. E que aceita as
conversações, desde que sejam no trâmite militar e não haja indício de
motim. A assessoria da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) declarou
que o documento ainda não foi analisado pelo secretário Alexandre
Bustamante.
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