Os recifenses amanheceram preocupados pela falta de policiamento iniciada nesta quarta-feira (14), devido à greve por tempo indeterminado deflagrada pelos policiais e bombeiros militares de Pernambuco. A paralisação foi decretada após o fracasso de uma reunião de negociação com o Governo do Estado, realizada nesta terça (13) no Palácio das Princesas, no centro da cidade. As categorias se reuniram em frente ao local para acompanhar o resultado do encontro e, em assembleia, rejeitaram a proposta do governo de um aumento salarial de 14,55%.
A pauta de reivindicações contém 18 pontos e foi apresentada ao Governo do Estado em abril. Ela sugere, entre outras questões, o aumento de 50% no salário dos saldados, 40% para as patentes de cabo a subtenente e 30% de aumento do 2º tenente até coronéis, além da reformulação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC). Porém, a proposta do governo não chegou nem perto da reivindicação. Ainda no local da reunião, os representantes orientaram os profissionais a comparecerem aos quartéis mas não realizarem ronda já a partir desta madrugada.
No 16º Batalhão da Polícia Militar, que fica no Cais de Santa Rita, no Centro do Recife, cerca de 17 viaturas estavam paradas na manhã desta quarta. Nenhum policial quis gravar entrevista, mas muitos confirmaram adesão ao movimento. Os postos móveis da PM estavam sem homens na Rua Sete de Setembro, na Boa Vista e na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio.
O Posto Policial do Hospital da Restauração contava com apenas uma comissária da Polícia Civil trabalhando. Já na sede do Corpo de Bombeiros, localizado na Rua João de Barros, no Centro do Recife, viaturas saiam para atender as emergências. Logo cedo, muita gente que ia trabalhar estava apreensiva pela falta de policiamento. A população apoia o movimento mas discorda da forma como ele está sendo conduzido.
fonte: http://tvjornal.ne10.uol.com.br/noticia.php?id=12673
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