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domingo, 2 de março de 2014

PMPE: Policial lotado no 15º BPM denuncia suposto abuso na unidade militar

Policial lotado no 15º BPM denuncia suposto abuso na unidade militar

15 bpm
O Site Paredão do Povo recebeu um relatório de um policial militar lotado no 15º BPM com sede em Belo Jardim, segundo o policial militar, os praças estão insatisfeitos com algumas atitudes daquele aquartelamento militar.

O Site Paredão do Povo informa ainda que, o espaço aqui é liberado tanto para supostas acusações como também a defesa de quem foi denunciado, informamos também que o Site tem um bom relacionamento com o comando do 15º BPM, e após o carnaval iremos até a unidade militar para tentarmos conversar com o comando. Vejam a nota enviada com exclusividade ao Site Paredão do Povo:

A escravidão Policial
    Venho por meio deste instrumento de imprensa expressar minha indignação com a Polícia Militar de Pernambuco, mais precisamente, com o descaso que o 15º BPM – Belo Jardim tem com o seu efetivo.
    O 15º BPM é composto por uma equipe de policiais dignos, trabalhadores, cumpridores de suas obrigações, policiais que se empenham ao máximo na preservação da ordem publica nas cidades de Belo Jardim, São Bento do Una, Cachoeirinha, Tacaimbó e São Caetano, contudo este efetivo não é reconhecido por seus comandantes, sendo submetidos às escalas escravas de trabalho em eventos, escalas extras, contra a vontade da maioria, escalas em outras unidades, a exemplo de Gravatá, onde o policial é escalado e tem que se deslocar por conta própria para aquele destino e ninguém pode questionar nada, pois fica marcado e é perseguido.ISTO É UM ABSURDO! Ou melhor, absurdo é o que vem por aí.
    O departamento de pessoal, mas conhecido como P1 ou 1ª seção, neste período carnavalesco, rasgou todos os princípios de moral, dignidade, família, direitos humanos, entre outros. Para se ter idéia, neste período foi elaborada uma escala de serviço extra de carnaval 2014 (segue em anexo), que, para meus princípios, se trata de uma escala escrava. Pergunto: a escravidão acabou de verdade? Neste período, o policial do 15 º BPM, em um espaço de 72 horas, trabalhará 44, folgando, apenas, 28 horas.Vou tentar explicar para melhor entendimento:
Dia 01: serviço ordinário, 24 horas de serviço compreendidas entre 08h às 08h. OBS: serviço na guarnição tática, atendendo todo tipo de ocorrência, podendo não largar as 08h,caso atenda uma ocorrência às 07h, por exemplo, e esta ocorrência for um flagrante, aí não se sabe a que horas o policial irá largar.
Dia 02: um serviço extra de carnaval no período da noite, onde na escala só diz a hora de começar, pode ser às 19h, 20h, 21h e se estende até o término da festa.O policial folgou 10 ou 12 horas depois de 24 horas acordado no dia anterior.
Dia 03: UM ABUSO! Um serviço extra na guarnição começando às 08 h até às 20 h, ou seja, doze horas de serviço.Detalhe: o policial esteve de serviço na madrugada do mesmo dia, num serviço de PO,à PÉ e que largou por volta das 04 h da manhã, tendo um período de descanso, entre um serviço e outro, de apenas 04 horas.
    O policial não tem nenhuma condição física e psicológica de tirar um serviço deste.Isso é uma falta de respeito, uma falta de humanidade, em pleno século 21 ainda existe este tipo de coisa, ainda existe a escravidão. Um policial que vai para a rua atender ocorrências, solucionar problemas junto à sociedade tem que estar com a mente descansada, deve ser por isso que, às vezes, o policial se excede, perde o controle.Não é pra menos, com uma escala dessa o policial perde o raciocínio e o reflexo.
    Conforme o regulamento, o policial terá 03 horas de folga para cada hora trabalhada e, caso tenha interesse, serviços extras remunerados, no período em que se encontra folgando.Só que na policia militar não é bem assim.Somos escalados obrigados, na força do militarismo.Se questionar, somos perseguidos, isso tem que acabar, não pode continuar assim, alguém tem que fazer alguma coisa. O policial, acima de tudo, é um ser humano, temos esposa, filhos, família e zelamos pela nossa saúde. Peço encarecidamente que este texto circule pela mídia e chegue às mãos das autoridades para ser tomada alguma providência.

Assinado: Policial indignado com a situação atual

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