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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sem aumento, 'troco' será na Copa

Vídeo mostra um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal dizendo ao secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, que caso não sejam contemplados com reajuste salarial, os PMs "darão o troco" na Copa do Mundo de 2014.

As imagens foram gravadas no dia 5 de dezembro, durante um café da manhã realizado dentro do 11° Batalhão da Polícia Militar em Samambaia, região a 25 quilômetros do centro de Brasília.

O sargento aparece falando no vídeo do lado direito da tela, e Avelar, no canto esquerdo, vestindo um terno de cor escura. O G1 procurou a Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 5 de dezembro para comentar o assunto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

A PM respondeu que o comando da corporação "ainda está avaliando as informações" e que "em breve se posicionará". O G1 ligou para o 11° Batalhão da PM em Samambaia e pediu para falar com o comandante da unidade. Assessores disseram que o oficial estava em reunião. O sargento que aparece no vídeo não foi localizado pela reportagem.

Durante o encontro, o sargento diz que fala em nome da categoria e afirma que caso a PM não seja contemplada com aumento salarial, os militares vão dar uma "resposta" em 2014.

"A Copa do Mundo 'tá' vindo aí. E eu vou falar para o sr., em nome de nossa categoria: é a nossa vontade. Se a Polícia Militar não for contemplada, como outros órgãos da Segurança Pública foram contemplados, o troco nós vamos dar na Copa do Mundo. O sr. secretário leve essa mensagem [ao governador Agnelo Queiroz]", diz o sargento na gravação.

Em frente a outros colegas de farda, o sargento disse que a chamada operação tartaruga, deflagrada por PMs do DF, vai continuar. A operação reduz o ritmo nos atendimentos. Em caso de perseguição, por exemplo, os carros da polícia obedecem aos limites máximos de velocidade da via.

No vídeo, o sargento reclama que, ao contrário da PM, outros setores da segurança pública do DF foram contemplados com reajustes salariais.

Em determinado momento, o militar diz que o governo do Distrito Federal "virou as costas" para as demandas da corporação. "Nós pensávamos que estávamos no céu quando elegemos Dilma, elegemos Patrício [deputado distrital pelo PT], elegemos Agnelo (...). Então, o sr. como secretário de Segurança Pública, eu quero que o sr. leve essa mensagem ao governador."

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