Priscylla Régia
Devido à onda de insegurança
no estado de Alagoas, os policiais militares decidiram aquartelar. Até o
momento, três batalhões estão com as atividades paralisadas por 24
horas. A informação foi confirmada pelos presidentes das associações
militares de Alagoas nesta quarta-feira, 10.
As mobilizações dos bombeiros
e policiais voltaram a acontecer após a morte do soldado Ivaldo
Oliveira da Silva, de 31 anos, assassinado a tiros em Porto de Pedras
por assaltantes de bancos. A categoria pede a reestruturação da Polícia
Militar, assim como, medidas enérgicas no combate a criminalidade.
Nesta quarta-feira, 11, as
viaturas da Radiopatrulha,do BPesc e do 6º BPM, de Maragogi, foram
impedidas de deixar os batalhões. Ontem (10), os militares ganharam às
ruas de Maceió em um cortejo fúnebre em memória de todas as vítimas de
violência em Alagoas.
"É um movimento legítimo.
Estamos pedindo providências para as mortes que acontecem em Alagoas.
Não queremos mais uma resposta óbvia, onde ao assassinar uma pessoa diz
que prendeu o criminoso. Isso é trivial. Queremos mesmo uma mudança
geral no sistema de segurança pública. O Estado e a PM foram
desmoralizados com a morte do policial em Porto de Pedras. Ele foi
abatido em seu local de trabalho, pois a corporação não oferece
condições dignas a sua tropa", disse o presidente da Associação dos
Oficiais de Alagoas (Assomal) Major Wellington Fragoso.
O oficial voltou a dizer que
as viaturas serão impedidas de saírem às ruas com apenas dois policiais.
Ele alegou ainda que as associações militares vão realizar uma
fiscalização nos Grupamentos de Polícia Militar no interior do estado
para verificar se continuam funcionando com apenas dois policiais.
“Iremos aos GPMs e vamos fechá-los caso estejam trabalhando com apenas
dois policiais”, disse o major.
Na próxima terça-feira, 17,
uma nova reunião será realizada na sede da Assomal, no Trapiche. Lá, os
militares irão decidir os rumos da manifestação.
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