Apesar de anúncio do governador de AL, militares não aceitam proposta
Teotonio Vilela Filho afirmou na internet que tinha fechado acordo. Mas categoria recuou e disse que fará antes uma reunião entre os militares.
Teotonio Vilela Filho afirmou na internet que tinha fechado acordo. Mas categoria recuou e disse que fará antes uma reunião entre os militares.
Militares ficaram das 15h às 23h30 na porta do
Por Fabiana De Mutiis
Do G1 AL
Militares não
aceitaram a proposta do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e
decidiram manter a Operação Padrão, desencadeada na última quarta-feira
(18). Foram mais de 12 horas de negociações nesta quinta-feira (26) e
nada ficou definido. As lideranças da categoria resolveram fazer uma
nova reunião na Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal),
agendada para amanhã, às 10h, para discutir todos os pontos apresentados
pelo Executivo.
Uma hora antes
da decisão final da comissão formada por policiais e bombeiros, o
governador chegou a anunciar, por meio de um post no facebook, que
havia fechado um acordo com a categoria .
"Quero anunciar
que fechamos um acordo com as associações militares. Foi uma negociação
possível para as finanças do Estado e que busca valorizar a tropa da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Sempre estive aberto ao
diálogo, e essa conquista é uma demonstração de que é desta forma que
construímos uma Alagoas melhor. Enquanto muitos falam, eu e minha equipe
trabalhamos para transformar nosso Estado", diz o post.
A liderança saiu
da reunião aparentemente satisfeita, mas quando colocou a proposta para
os militares que passaram o dia em frente ao Palácio do Governo, veio a
recusa. O coronel Ivon Berto disse que o governo propôs um aumento
salarial de 6% em janeiro e o restante parcelado até 2015.
Durante todo o
dia, uma comissão de policiais e bombeiros estiveram reunidos, primeiro
com secretário de Estado da Gestão Pública (Segesp), Alexandre Lages, e
no fim da noite com o governador, para acertar os principais pontos das
reivindicações dos militares alagoanos que querem a equiparação salarial
ao da Polícia Civil e o ajuste no Plano de Cargos, Carreira e Salários
dos praças e oficiais.
Pela manhã, o
governador convocou uma coletiva de imprensa para anunciar investimentos
na Segurança Pública. Ele pretendia viajar a Brasília, mas preferiu
adiar e resolver a situação da segurança pública do estado.
Investimentos
Foi anunciado um aumento no custeio com militares para o próximo ano. O valor, que era de R$ 1,4 milhão/mês, passará para R$ 3,9 milhões/mês. Este recurso, de acordo com Vilela, acarretará em um remanejamento da receita prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício 2014.
Foi anunciado um aumento no custeio com militares para o próximo ano. O valor, que era de R$ 1,4 milhão/mês, passará para R$ 3,9 milhões/mês. Este recurso, de acordo com Vilela, acarretará em um remanejamento da receita prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício 2014.
Entre as
medidas, estão a liberação de valores em dinheiro para a alimentação (os
militares poderão comer onde quiserem quando estiverem de serviço, não
mais contarão com alimentação cedida pelo Estado), depósito em conta
para a aquisição de fardamentos (até o limite de duas fardas por ano),
renovação de 164 viaturas, compra imediata de 1,3 mil coletes à prova de
balas, mil novas pistolas, 34 veículos tipo caminhonete com tração 4x4,
além de reformas nos quartéis da PM e do Corpo de Bombeiros, construção
de novos quartéis da PM, entre outros investimentos.
Estes
investimentos somam cerca de R$ 160 milhões que serão destinados à
categoria. De acordo com a assessoria de comunicação do Estado, esse
valor será remanejado dentro da receita prevista para o Estado em 2014. O
governador informou que todas essas medidas devem vigorar já a partir
de janeiro.
"O valor não vai
implicar na receita, mas é exigido que se faça um remanejamento na
planilha de gastos. Pra isso, eu precisei fazer cortes em outras áreas.
Os R$ 160 milhões me custaram um sonho, que era construir a estrada de
Penedo até Piranhas, a chamada Rota do Imperador. Eu abri mão disso para
atender à demanda dos militares", explicou o governador.
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