Policiais ameaçam ‘relaxar’ segurança na Copa Josias de Souza
É
grande a irritação de policiais e bombeiros com o cerco do Planalto à
proposta de emenda constitucional que institui o piso salarial para as
corporações. Em conversas com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), o sindicalismo de farda fez um, digamos, aviso: sem
aumento, não haverá policial que se anime a enfrentar black blocs nas
ruas. “Eles dizem que não vão mais conter manifestações. Afirmam que
estão sendo achincalhados e atingidos. Lembram que vem aí a Copa do
Mundo.”
A PEC 300, como é
chamada a proposta de emenda que acomoda na Constituição o piso de
policiais e bombeiros, já foi aprovada na Câmara em primeiro turno.
Antes de ser enviada ao Senado, os deputados precisariam aprová-la em
segundo turno. E Henrique não tem a intenção de levar a encrenca à
pauta. Além do Planalto, a grossa maioria dos governadores é contra a
matéria.
Governador de
Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos
manifestou-se por escrito. Anotou que a PEC 300 custaria às arcas do seu
Estado algo como R$ 2 bilhões ao ano. A União estima que a despesa
global será de R$ 42 bilhões. A corporação diz é lorota. E fala num
espeto de quase R$ 13 bilhões.
Do modo como a
emenda foi redigida, a União e os Estados teriam seis meses para
negociar um valor nacional para o piso salarial de policiais e
bombeiros. O problema, diz Henrique, é que “ninguém seguraria a pressão”
depois que a emenda fosse aprovada.
Fonte: Blog do Josias de Souza UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário