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terça-feira, 5 de novembro de 2013

E atenção! BBom é desbloqueada parcialmente: a partir de agra a empresa não poderá funcionar da mesma maneira como no passado, a justiça liberou apenas duas formas de remuneração aos associados, como são chamados os revendedores: o "bônus de vendas diretas" e o "bônus de início rápido". O "bônus de comodato" continua bloqueado, sendo assim a BBom poderá, apenas fazer venda direta ao consumidor e pagar bonificações a revendedores pelas indicações de consumidores finais, informou o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), responsável pelas acusações.

BBom consegue liberação de atividades

Empresa acusada de ser pirâmide financeira obteve decisão favorável quase 4 meses após congelamento; segundo Ministério Público Federal, desbloqueio é parcial

Vitor Sorano  - Atualizada às
Foto: Divulgação
Logotipo da BBom%2C empresa de marketing multinível suspeita de ser pirâmide financeira
BBom , negócio de rastreamento de veículos acusado de ser uma pirâmide financeira , obteve a liberação parcial de suas atividades após quase quatro meses de bloqueio. A decisão foi concedida na segunda-feira (4) pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília.
A BBom, porém, não poderá funcionar da mesma maneira como no passado.  O desembargador Reynaldo  Fonseca, responsável pelo caso, liberou apenas duas formas de remuneração aos associados, como são chamados os revendedores: o "bônus de vendas diretas" e o "bônus de início rápido". O "bônus de comodato" continua bloqueado.
Com isso, a BBom poderá, unicamente,  fazer venda direta ao consumidor e pagar bonificações a revendedores pelas indicações de consumidores finais, informou o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), responsável pelas acusações.
"Portanto, não será permitida a prática de pirâmide financeira nos moldes como a empresa praticava anteriormente", diz o órgão, em nota. 
A decisão ainda libera as verbas da empresa para pagamento de fornecedores, dívidas trabalhistas e tributárias devidamente comprovadas, água, luz e materiais "necessários para o funcionamento da empresa". O MPF-GO havia conseguido o congelamento de R$ 300 milhões das contas do grupo Embrasystem – dono da marca BBom – e de seus sócios.
Para o desembargador federal Reynaldo Fonseca, responsável pela decisão, o bloqueio total das atividades da empresa é indevido pois "algumas das formas de comercialização do produto utilizadas pela impetrante [ a BBom ]
não apresentam, de plano, características do denominado esquema de "pirâmide financeira'."
Marketing multinível x pirâmide
Apresentada como braço de marketing multinível da Embrasystem, que atua no mercado de rastreadores de veículos, a BBom foi lançada em fevereiro de 2013 e atraiu, até o bloqueio das atividades em julho, cerca de 300 mil associados, descritos como revendedores autônomos.  
Para o MPF-GO, o negócio é uma pirâmide pois se sustentaria sobretudo das taxas de adesão pagas pelos associados – de R$ 600 a R$ 3 mil –, e não da revenda de rastreadores. De acordo com a acusação, a Embrasystemvendeu via BBom mais equipamentos do que teria capacidade de entregar . 
Em argumentação apresentada à Justiça para conseguir o desbloqueio, a BBom disse ter 250 mil rastreadores em poder dos consumidores, ou quase o mesmo número de revendedores.
O congelamento das atividades e das contas da empresa, determinado em julho, foi pedido pelo MPF-GO. O órgão pretende que os valores sejam usados para ressarcir quem investiu no negócio .
Os representantes da Embrasystem sempre negaram irregularidades. Procurados na tarde desta terça-feira (5), não foram localizados.
Ao iG , a procuradora da República Mariane de Mello, uma das responsáveis pelo caso, disse já ter comunicado a Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), que será responsável por um eventual recurso contra o desbloqueio.
"Já mandamos a decisão para o [procurador regional da República ]
Marcus Souza", disse Mariane.
Novo modelo de negócios 
O MPF-GO também sugeriu "máxima cautela" aos consumidores em relação ao novo modelo de negócios que seria lançado pelo grupo nesta terça-feira (5). 
"Não se trata de condenar de antemão as novas atividades da BBOM, mas tendo em vista o histórico da empresa, o consumidor deve tomar cuidado e ser parcimonioso. Deve buscar, aliás, deve exigir da BBom informações claras a respeito do negócio”, informou o órgão, em nota.
Aguarde mais informações.

Fonte: IG

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