Servidores da segurança pública saem em passeata nesta quinta
Depois de reprimiremmanifestações, polícia vai cobrar melhorias
15/08/2013 10:45 - Edward Pena, da Folha de Pernambuco
A união entre os policiais civis, militares e penitenciários
promete chamar a atenção do Governo do Estado e da população, durante a
passeata que acontecerá na tarde desta quinta-feira (15), a partir das
13h, no Recife. Com intenção de expor toda a insatisfação das classes,
em relação às perdas salariais e condições de trabalho, os servidores
seguirão pelas vias da cidade até o Centro de Convenções, em Olinda,
sede provisória da gestão estadual. Os policiais pretendem entregar um
documento com todas as reivindicações, nas mãos do governador Eduardo
Campos. O ato faz parte da campanha nacional, que poderá culminar em uma
greve geral das categorias, a ser deflagrada no próximo dia 7 de
setembro.
“O Governo não quer negociar uma campanha salarial que se estende desde o
ano passado. Queremos a melhoria no salário e não gratificações que
podem ser retiradas a qualquer momento”, esclareceu o presidente do
Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Cláudio Marinho. A
indicação de greve nacional pode surgir caso o Congresso não aprove, nos
dias 20 e 21, a Proposta de Emenda Constitucional 300, que determina a
criação de um piso salarial nacional para os agentes civis e para os
policiais e bombeiros militares. Em Pernambuco, os servidores dizem que o
Estado sequer se pronunciou quanto às propostas.
Além da questão salarial, problemas como sucateamento dos equipamentos,
escassez de efetivo e aumento das gratificações por risco de vida
engrossam as exigências. Os policiais civis reclamam que os delegados
recebem um percentual de 225% em cima do salário referente ao risco de
vida, enquanto os agentes, que efetivamente vão às ruas, são
gratificados com apenas 100%.
Além da PEC 300, os policiais militares lutam pela aprovação da PEC 102,
que visa desmilitarizar a PM. “Os comandantes dizem para os policiais:
‘eu quero que façam isso’. Pela hierarquia militar, os praças são
obrigados a obedecer, enfraquecendo qualquer movimentação da
categoria.”, disparou o sargento Ricardo Lima, da Associação de Praça,
Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco.
Segundo o sindicalista, para enfraquecer a participação da PM no ato de
hoje, o governador Eduardo Campos teria exigido que policiais fiquem de
prontidão. “Os soldados que estão de serviço das 7h às 13h foram
obrigados a se manterem em prontidão nos quartéis, e apenas serão
liberados após o protesto. É uma medida do Governo para desmobilizar o
ato”, denunciou.
Saiba mais:
Passeata - os PMs vão se concentrar na praça do Derby, às 13h. No mesmo
horário, agentes penitenciários se reunirão na praça 13 de Maio.
Policiais civis sairão da sede do Sinpol-PE, às 15h. As categorias
seguirão até o Centro de Convenções.
Efetivo - de 2007 até este mês, 38% dos agentes civis do Estado pediram
exoneração. A entidade diz que a atual gestão foi a que mais contratou
policiais, mas devido aos salários e condições de trabalho, é a que mais
registrou desistências.
Penitenciários - já os agentes penitenciários revelaram que a população
carcerária de Pernambuco compreende 30 mil presos, que estão sob a
vigilância de 1,4 mil servidores. OCotel abriga uma população dez vezes
maior do que o ideal.
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