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sábado, 27 de julho de 2013

segurança pública

PMs armados em 140 escolas do Estado no Grande Recife


Do Jornal do Commercio

Cento e quarenta escolas da rede estadual de ensino no Grande Recife terão o policiamento reforçado. Com a portaria publicada, nessa sexta-feira (26), no Diário Oficial de Pernambuco pela Secretaria de Defesa Social (SDS), policiais militares armados passam a atuar no interior das unidades. A meta é evitar conflitos, proteger os alunos e coibir o tráfico de drogas. As instituições com até mil estudantes contam, agora, com o auxílio de um PM da Patrulha Escolar em um turno. As que ultrapassam este número recebem dois militares, em sistema de revezamento.

Nos próximos meses, o número de instituições que receberão policiamento armado interno deve aumentar. O objetivo da SDS é contemplar também escolas do interior.

Segundo o major da Polícia Militar Claudio dos Santos, coordenador da Patrulha Escolar, os militares já podem ser encontrados fazendo esse tipo de serviço nas escolas. “Eles trabalham fardados, em turnos de oito horas”, disse.

O major explicou que o objetivo principal da iniciativa é proteger as crianças e adolescentes, orientá-los e reduzir a violência nas escolas. O policiamento da Patrulha Escolar será realizado por meio do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). “Um policial em um colégio é algo intimidador para quem vem de fora. Além de trabalharem com o fardamento completo para mediar conflitos, eles estão capacitados a fazer palestras sobre drogas e dar dicas de como não entrar na criminalidade.”

Questionado sobre o uso de armas de fogo no ambiente escolar, o major alega não haver problemas. “Isso não colocará a vida dos alunos em risco nem servirá como ferramenta para constrangê-los”, assegura.

O coordenador da patrulha afirma que a finalidade do trabalho não é matar ou prender alguém, mas proteger. “Ele tem um revólver, mas é pouco provável que use.”

De acordo com o major, a SDS já experimentou esse tipo de ação no Grande Recife e o resultado foi positivo. “A tendência é aumentar esses números. A próxima meta é fazer o trabalho nas instituições do interior, uma vez que aqui está dando certo. Muitas unidades de lá precisam desse reforço”, acrescentou.

A iniciativa da SDS gerou reações distintas no meio educacional em relação ao armamento dos policiais. Para o secretário de Educação do Estado Ricardo Dantas, a medida é preventiva e não prejudicará os alunos. “Do mesmo jeito que capacitamos militares para lidarem com turistas, capacitamos os da Patrulha Escolar para trabalhar com crianças e adolescentes. Não existe risco nenhum”, disse.

Já a professora do ensino médio e representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) Daniela Rabello acredita que ter um militar portando uma arma de fogo dentro da escola é, além de constrangedor, perigoso e desrespeitoso com os alunos. “O colégio não é um presídio ou uma delegacia para ter um PM armado. Nós estamos acostumados com alunos violentos, mas sabemos lidar pedagogicamente com eles. Nunca precisamos da presença de um militar na sala de aula”, justificou.
Postado por Gabriela López / http://sargentoricardo.blogspot.com.br/

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