... E O JOGO ESTÁ VIRANDO:Pr MARCO FELICIANO RECEBE APOIO DE JORNALISTAS RENOMADOS
Após a onda de ataques a Marco Feliciano (PSC-SP), algumas figuras
formadoras de opinião começam a ponderar sobre a questão envolvendo sua
eleição à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
da Câmara dos Deputados.
A jornalista Rachel Sheherazade, âncora do SBT Brasil, foi a primeira a
se manifestar contra o exagero em torno dos protestos contrários a
Feliciano. Agora, o jornalista Alexandre Garcia, que comenta política na
TV Globo e na rádio Metropole, de Brasília, saiu em defesa de Feliciano
dizendo que no Brasil, opinião não é crime.
“Tá uma novela essa história do pastor Marco Feliciano [...] Dois
militantes foram presos, eu vi uma foto no jornal, uma coisa horrível.
Um manifestante, em pé, em cima da mesa que é ocupada pelos deputados.
Aí não dá, é um exagero [...] Eu ouvi o noticiário todo, e o noticiário
sempre começa assim: ‘o pastor Marco Feliciano, acusado de opiniões
homofóbicas e racistas…’ Opa, agora me deram a chave de tudo isso. Se
ele é acusado por opinião, supõe-se então que aqui no Brasil exista
crime de opinião, e não existe. Ele não pode ser acusado de opinião, se a
opinião é livre, e é protegida pela Constituição. Cada um pode ter a
sua opinião”, ponderou o jornalista.
Garcia ainda ressaltou que “no momento em que ele puser em prática o
racismo, incitar as pessoas ao racismo, ou à homofobia, aí sim” poderia
ser acusado, e complementou: “Mas enquanto ele expressar a opinião dele,
como ele tem expressado, que é contra o casamento gay… Deu uma
declaração sobre a África, que se eu fizer uma declaração sobre a
América do Sul dizendo mais ou menos a mesma coisa, ninguém vai me
acusar de racismo”.
Ouça o comentário:
Já o jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, ironizou afirmando
que os holofotes colocados sobre Feliciano trouxeram tranquilidade para o
senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Eduardo Alves, ambos do
PMDB, e que recentemente assumiram a presidência do Senado e da Câmara
dos Deputados, respectivamente.
“Comunicado público: Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros agradecem
de coração ao pastor Marco Feliciano o seu desempenho como presidente
recém-eleito da CDHM”, escreveu, em tom sarcástico.
A crítica de Noblat se estende e alcança a organização Avaaz, que
protestou contra Calheiros e depois “esqueceu” o caso para promover
protestos contra Feliciano: “Cadê o movimento que recolheu mais de uma
milhão e meio de assinaturas pedindo o afastamento de Renan (PMDB-AL) da
presidência do Senado por falta de decoro? Esgotou-se? Sua única
finalidade era amealhar as assinaturas? Não se ouvirá mais falar dele
nas redes sociais? Nem do alvo de sua sanha? Justificável sanha, por
sinal! Alvo bem escolhido”, criticou.
O presidente da Câmara dos Deputados também foi citado pelo jornalista,
que relembrou os protestos contra ele por causa dos privilégios
estendidos aos colegas parlamentares: “É de R$ 26.700,00 o salário
mensal de um deputado. Mas ele recebe um segundo salário para pagar de
R$ 34 mil. É pago mediante a apresentação de notas fiscais. Ninguém
checa se as despesas foram de fato realizadas e se as notas não são
frias. Henrique saldou mais três parcelas do preço de sua eleição:
aumentou o auxílio-moradia de R$ 3 mil mensais para R$ 3.800,00;
eliminou o limite de reembolso para assistência médica aos colegas; e
aprovou a criação de 59 cargos em comissão. Em sua defesa, lembra que
limitou o pagamento do 14º e 15º salários anuais aos deputados”, disse
Noblat.
O senador Magno Malta, em discurso realizado na última semana, destacou
que apesar de ter divergências de ideias com o pastor Marco Feliciano,
defende a democracia e entende que ele precisa ser respeitado como
parlamentar, por ter sido eleito democraticamente.
“O deputado Marco Feliciano pode pensar diferente do deputado Jean
Wyllys, e até deve, porque fica bem para a democracia. E o deputado Jean
Wyllys precisa, pelo bem e respeitando a democracia, ser contra o
deputado Marco Feliciano no que pensa, nas suas bandeiras. Mas são
obrigados, e devedores, ambos, do respeito um ao outro. Porque nós temos
dívidas com os homossexuais. Temos. E qual é a dívida? É a que a Bíblia
fala: ‘A ninguém deveis nada, exceto o amor’, respeito. Nós devemos o
respeito como eles também nos devem o respeito. E se na pluralidade da
democracia, na proporcionalidade ou em acordo de partidos, coubesse ao
PSOL do deputado Jean Wyllys a presidência da Comissão de Direitos
Humanos, caberia ao deputado Marco Feliciano votar nele, respeitá-lo”
Confira a íntegra do discurso de Magno Malta no vídeo abaixo:
O próprio Feliciano tem rebatido as críticas usando o histórico da CDHM
como comparação: “Não lembro de nada de mais relevante que a comissão
tenha feito nos dois anos anteriores. A CDH é uma comissão de mérito:
recebe e apura denúncias, nada muito além disso. E é o que estamos
fazendo”, disse, de acordo com informações de Lauro Jardim, no site da
revista Veja.
Sobre os manifestantes, Feliciano afirma que espera deles uma postura
mais racional: “Gostaria muito que eles parassem para ouvir as reuniões.
Veja se eles fazem isso no plenário, nas sessões comandadas pelo
presidente Henrique (Eduardo Alves)? Lá, eles sequer podem bater palmas.
O que eles fazem na CDH não é democracia”, criticou.
Pra finalizar a matéria, assista agora o comentário da Jornalista Raquel Sheherazade âncora do SBT
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário