Como diria Cardinot que bronca do tamho de um trem...
Coronel é preso acusado de assedio sexual contra Cabo feminina abre o verbo e faz varias denuncia incluindo até o Alto Comando!
Espirito Santo
Coronel é preso e faz sérias denúncias sobre a PM, oficiais e alto comando.
O Coronel Carlos
Rogério Gonçalves de Oliveira, preso injustamente e sem a mínima chance
de defesa prévia, desde o dia 18 de março pela acusação de assédio
sexual contra uma militar, abriu o verbo literalmente. Denúncias graves
foram feitas a respeito da Polícia Militar, de outros oficiais e sobre o
alto comando da PM. O jornalista, especializado em assuntos policiais
fez uma entrevista reveladora com o Coronel Gonçalves, vejam matéria
completa abaixo:
Em entrevista
exclusiva ao Blog do Elimar Côrtes, o coronel Carlos Rogério Gonçalves
de Oliveira, afastado da Diretoria de Apoio Logística (DAL) da Polícia
Militar e cumprindo prisão domiciliar – desde sábado (18/03) – pela
acusação de assédio sexual contra uma cabo, fez novo desabafo e uma
série de denúncias. O coronel Gonçalves disparou sua metralhadora para
vários setores e oficiais da PMES. Faz críticas ao atual comandante
geral da PM, coronel Ronalt Willian, mas em momento algum cita nomes –
nem mesmo do comandante.
“A rapidez,
dedicação e preocupação da Corregedoria, do Comandante Geral e da
Promotoria Militar poderiam também funcionar nos casos envolvendo
oficiais com o tráfico de drogas, desvio de combustível, irregularidades
no pagamento de diárias, quadrilha de assaltantes, uso de patrimônio e
bens públicos para fins particulares, recebimento e pagamento de escalas
especiais indevidas, entre tantos”, diz Gonçalves na entrevista.
Ele denuncia
ainda que há desvio de dinheiro público na Polícia Militar, existem
oficiais que praticam relações sexuais com mulheres dentro de viatura,
além da prática de orgias sexuais no Centro de Formação e
Aperfeiçoamento (CFA) envolvendo oficiais-instrutores e alunas-oficiais e
alunas-soldadas, sem que os autores dos crimes sejam sequer
investigados pela PM e pelo Ministério Público Militar.
“A segurança pública no Espírito Santo é uma fábrica de dinheiro para os desonestos”, afirma o coronel Gonçalves.
– Blog do Elimar Côrtes – Como o senhor recebeu a notícia de sua prisão?
– Coronel Carlos
Rogério Gonçalves de Oliveira – Novamente quero agradecer o seu
profissionalismo e sua vontade em esclarecer as coisas e bem informar à
sociedade, procurando ouvir os dois lados da notícia. É muito fácil
escrever no jornal que “tentamos contato com o acusado, mas, até o
fechamento desta edição não foi possível…”. Quando o profissional é
respeitado e tem respeito, além de interesse em bem informar, ele
procura ouvir e investigar antes de divulgar. Meu celular ficou ligado o
sábado todo e continua neste domingo e, em momento algum, além de você,
não recebi nenhuma ligação de qualquer repórter da mídia para ouvir
minha versão sobre essa nova denúncia. Mas nós sabemos como funcionam
essas coisas quando os interesses são especulativos ou somente para
denegrir. Quem tem o poder ou o dinheiro sempre terá prioridade na
imprensa…
Fui acordado às
07h30 hora de ontem (sábado) pelo coronel Liberato, um capitão e dois
PMs da Corregedoria , que me apresentaram o mandado judicial
determinando minha prisão domiciliar (menagem, que eu desconhecia em 30
anos de PM), além de uma determinação verbal do Comandante Geral para
recolher minha arma, minha viatura, meu celular funcional e meu
notebook. Como todo policial militar, atendi as determinações e
entreguei os materiais sem apresentar qualquer reação aos seus
cumpridores, apesar de discordar das mesmas.
Fiquei muito
surpreso, pois estive com outros coronéis na solenidade pelo aniversário
do 2º Batalhão (Nova Venécia), na manhã de sexta-feira, e ninguém
comentou nada sobre essa nova denúncia, que eu desconhecia. A rapidez,
dedicação e preocupação da Corregedoria, do Comandante Geral e da
Promotoria Militar poderiam também funcionar nos casos envolvendo
oficiais com o tráfico de drogas, desvio de combustível, irregularidades
no pagamento de diárias, quadrilha de assaltantes, uso de patrimônio e
bens públicos para fins particulares, recebimento e pagamento de escalas
especiais indevidas, entre tantos…
– Então, o senhor desconhecia a denúncia de assédio sexual contra uma cabo?
– Fui pego de
surpresa. Não fui ouvido em momento algum sobre a tal denúncia. Como a
PM manda prender um coronel sem ao menos ouvir sua versão sobre os
fatos? Somente se esse coronel tiver informações importantes, que não
podem ser divulgadas.
A presunção de
inocência só existe na Constituição! Tenho 30 anos de serviço e não
consta nenhuma punição em minha ficha funcional. A vontade em me
desmoralizar e desacreditar é grande!
– O senhor falou sobre informações importantes. Quais seriam?
– Assumi a
Diretoria de Apoio Logístico (DAL) em outubro de 2012 porque requeri
formalmente ao Comandante Geral, por ser o quarto coronel combatente
mais antigo da PMES e o antigo Diretor foi transferido para o CPOS, e eu
não estava recebendo a função gratificada, enquanto coronéis mais
modernos recebiam a gratificação, havendo prejuízo financeiro e moral
para mim.
Todas as compras
e contratos da PMES passam pela DAL. Assumimos com a missão de zelar
pelo patrimônio e moralidade da coisa pública. Escolhi meu
diretor-aAjunto por ser um profissional extremamente capacitado e
reconhecido valor moral e ético. Implantamos uma seriedade maior nas
decisões e aquisições. Desde então, enfrentamos alguns desafios.
Tentaram algumas
compras e nós travamos, com argumentos técnicos e responsáveis. Fizeram
as aquisições de outra maneira, vindas pela Sesp (Secretaria de Estado
da Segurança Pública e Defesa Social). Não tivemos como evitar os
desperdícios ou os constrangimentos. É o poder!
Fomos, por
exemplo, contra a aquisição de 30 Hillux para a Rotam (Ronda Ostensiva
Tática Motorizada), porque eles não conseguem colocar todos esses carros
na rua, não possuem efetivo para isso e o custo foi muito alto. Seria
melhor distribuir algumas para os Batalhões da Grande Vitória, onde os
índices de violência e criminalidade estão ultrapassando todos os
limites e a frota está defasada. Mas fomos vencidos, pois o marketing e o
sensacionalismo enganam mais.
O mesmo
aconteceu com a aquisição de outras 30 Hillux para o BME (Batalhão de
Missões Especiais). O custo-benefício é muito alto. As especificações
dos carros não atendiam aos interesses do serviço e da PMES. Mas os
interesses de quem comprou foram atendidos. Você gostaria de vender 60
Hillux encalhadas no pátio? Você sabe o custo dessa aquisição?
Tínhamos dois
contratos de locação de viaturas descaracterizadas, que somavam mais de
R$ 30 mil mensalmente, sendo que algumas viaturas ficavam paradas no
pátio da Dint, inclusive com descarga das baterias, pois não eram nem
ligadas. Esses contratos não foram renovados este ano. Porque ninguém
viu isso antes? Quem ganhou com isso? De quem são as responsabilidades?
Onde está o interesse público?
Nessa semana
tivemos uma discussão sobre a mudança do layout das viaturas da PMES. É
um absurdo! O Comandante Geral quer mudar, para mostrar que manda, e não
sabe nem o preço disso, vai trocar tudo por um capricho pessoal.
Estamos com orçamento apertado e contigenciado, perdas de receitas do
Estado, temos Destacamentos e Companhias caindo aos pedaços, colocando
em risco a vida e integridade física dos policiais militares e cidadãos
civis que ali frequentam.
Estamos com
dificuldades para fornecer papel higiênico e material de limpeza para o
Centro de Formação e Aperfeiçoamento (CFA), onde temos 720 policiais
fazendo o CHS, temos o CFO e teremos o CFSD.
O Comandante Geral autorizou a compra de R$ 130 mil em brindes para a Diretoria de Comunicação Social. É brincadeira!
No 3º Batalhão,
em Alegre, a bomba d’água queimou e o Comandante colocou uma sua
particular para atender às necessidades da PM. E, pasmem, está previsto
mandar 120 alunos soldados para serem formados lá. Se o tenente-coronel
de lá reclamar, ele será transferido, como aconteceu em outros casos.
O Boletim da
Diretoria de Pessoal de quinta-feira (14/03) publicou a transferência do
Comandante do 11º Batalhão (Barra de São Francisco). Qual o motivo?
Dizem no QCG que é porque o tenente-coronel é da Maranata e ligado ao
Coronel Júlio Cezar Costa. Pior, ele está de férias e não foi nem
comunicado, muito menos ouvido! Assim funciona a segurança pública
atualmente no Espírito Santo. Cadê o respeito e a camaradagem?
– Essas decisões são discutidas pelos coronéis que formam o Alto Comando da PMES?
– Não existe
Alto Comando. As reuniões são meramente formalidades para enganar.
Alguns coronéis não participam, por questões morais e responsabilidade,
para não pactuar com decisões contra o patrimônio público e contra o
interesse social. O diretor de Transportes da PMES não participou e nem
participará das discussões sobre a mudança dos layout das viaturas,
porque ele é um oficial sério e responsável e não concorda com esse
desperdício. O povo e o Governo precisam saber o que acontece no atual
comando da PM.
Com a criação da
“Função Gratificada”, todos ficaram reféns do Comandante. Ele nomeia
quem quiser para os cargos em que o oficial recebe essa “esmola”. Temos
coronéis mais antigos, mais sérios e honestos, que não recebem a
“gratificação”, enquanto outros mais “jeitosos” recebem, mesmo constando
em sua ficha funcional o envolvimento com várias ilegalidades em até
desvio de dinheiro público.
Temos coronéis
que se sujeitam a receber a “gratificação” de tenente-coronel para não
“arranjarem problemas”. Eu recebia porque formalizei documento ao
Comandante Geral informando-o que iria ingressar na Justiça por
constrangimento ilegal e assédio moral, uma vez que sou o quarto mais
antigo e não recebia a famosa “gratificação”, enquanto outros mais
modernos e com restrições funcionais recebiam.
Você acredita
que o Comandante gostou de me designar na DAL? Ele nunca teve e não terá
moral para me encarar de frente. Eu sou honesto e não tenho medo. As
decisões que tomei, não volto atrás e não aceito interferências. Sofri,
sofro e sofrerei de represálias, mas continuarei homem e honrado.
– O senhor deixa transparecer uma “briga de poder” na PMES. Existe isso mesmo?
– Fiz o concurso
para a PMES no final de 1982. Eram 10 vagas para fazer o Curso de
Formação de Oficiais na PM do Rio de Janeiro. Na época, não existia
academia para Oficiais no Espírito Santo. Ao final do concurso fui o
sétimo colocado. Os 10 primeiros colocados foram para o Rio. Como alguns
“apadrinhados” não ficaram entre os 10, a PMES conseguiu sete vagas no
Rio Grande do Sul e duas em Minas Gerais. “Começou errado, vai dar
problema depois”, dizia um coronel hoje aposentado.
Em 2010, “nos
oitis do QCG” existia uma lista com os três prováveis novos Comandantes
Gerais. O coronel Júlio Cezar Costa, formado em Pernambuco em 1984, o
coronel Willian (Rio Grande do Sul – 1985) e o então tenente-coronel
Gonçalves (Rio de Janeiro – 1985). Em setembro “vazou” uma gravação do
Ciodes envolvendo o coronel Júlio Cezar.
Ele foi afastado
e submetido a várias provações e humilhações, ao final das quais foi
absolvido em todas as instâncias, mas naquele momento inviabilizaram seu
nome. Eu fui denunciado por “ter interferido em um guinchamento de
veículo no centro de Guarapari em fevereiro de 2009”, não fui promovido a
coronel com os oficiais da minha turma em 15 de dezembro de 2010. Fui
julgado e absolvido por unanimidade em 2012.
O coronel
Anselmo Lima foi promovido na minha vaga e nomeado Comandante Geral pelo
governador Renato Casagrande em janeiro de 2011. O coronel Willian
(preterido) continuou no Comando Metropolitano.
Com sua
simplicidade, religiosidade, honestidade, responsabilidade e seriedade, o
coronel Anselmo conseguiu “abrandar” a disputa interna na PMES. Tivemos
um momento de redução de índices de violência e homicídios, valorização
dos profissionais e aquisição de equipamentos para a PMES, sem alardes.
Mas um grave incidente com “estudantes” no Centro de Convenções de
Vitória, em um evento que reuniria diversos presidentes de Tribunais
Eleitorais e o próprio vice-presidente da República, Michel Temmer,
“queimou” a imagem da Polícia Militar e do próprio Estado.
O desgaste ficou
na conta do “humilde” coronel Anselmo. O comandante do Policiamento
Metropolitano, coronel Willian, que em tese seria o responsável pela
segurança do evento, não foi sequer localizado, pois estava envolvido
com para viagens para importantes provas de saltos da cavalaria.
Conclusão: o
coronel Anselmo não resistiu ao “processo de fritura” e foi exonerado,
sendo substituído pelo coronel Willian no Comando Geral da PMES. Coronel
Anselmo já foi para a reserva e nunca se manifestou, confirmando sua
formação moral, familiar e religiosa.
– Voltando a sua prisão, como sua família recebeu essa notícia?
– Meus filhos
conhecem a honestidade e seriedade do pai. Minha filha mais velha tem 23
anos e sempre conversamos sobre os importantes e reais valores da vida.
Meu filho de 14 anos tinha pretensões de ingressar na carreira
policial militar, mas, infelizmente, constatou que não vale a pena!
Minha atual
esposa é médica, pessoa de berço, de educação e pedigree, não é qualquer
uma que se acha na noite em forrós ou baile funk. É uma diferença muito
grande, quando você tem uma mulher ao seu lado, ao invés de uma
“periguete”. Estamos enfrentando juntos e unidos mais essa tormenta. Não
é fácil, principalmente morando em cidade pequena como Nova Venécia,
onde os valores morais ainda existem. Mas superaremos e sairemos
vencedores de mais essa provação.
Fui casado
anteriormente, mas minha primeira esposa não se separou de mim porque eu
estava tendo relação sexual com a empregada doméstica, como também não
pratiquei sexo com policial feminina dentro de viatura da PM em
Cariacica e nem pratiquei orgias sexuais com alunas soldadas e alunas
oficiais e funcionárias civis dentro do CFA. Os que fizeram isso estão
soltos, ocupam cargos importantes na PMES e gozam de prestígio, porque
“fazem o jogo”. Nasci homem e pretendo morrer homem, não tenho medo de
intimidações ou ameaças.
Eu não comprei
apartamentos com dinheiro sujo, colocando em nome de terceiros (sogra,
esposa). Eu não levo minha esposa em viagens “a serviço”. Eu não tirei
policiais de Pedro Canário, Pinheiros, São Mateus, Ecoporanga e Baixo
Guandu para fazer policiamento ostensivo em Vitória para agradar a
mídia. As comunidades do interior estão pagando muito caro para manter
alguém vaidoso no poder. Eu consigo dormir à noite!
– Qual decisão o senhor vai tomar agora?
– Pretendo
resgatar minha liberdade junto ao Juízo da Auditoria Militar, pois não
sou marginal, não estou envolvido com drogas ou corrupção, não pactuo
com desvios de dinheiro público, não recebo propinas ou agrados de
fornecedores da PMES, tenho 30 anos de serviços prestados à Polícia
Militar. Nenhuma punição em minha ficha funcional. Fui absolvido à
unanimidade em um Conselho de Justificação, determinado arquivar pelo
Governador do Estado. Aliás, fui o primeiro coronel da ativa a responder
esse tipo de conselho.
Recebi algumas
manifestações de homens e mulheres sérios da PMES, que me fizeram
refletir sobre o firme propósito de procurar melhorar as condições de
trabalho de nossos auxiliares e valorização dos PM honrados.
Essa cabo que se
diz vítima de assédio é uma impostora, “plantada” pelo Comando da PM na
DAL para tentar desqualificar a moral e seriedade das minhas decisões.
Ela, assim como outras policiais femininas “protegidas” recebem a
gratificação de escala especial sem fazerem, não cumpriram e nem
cumprirão o “expediente operacional”, isso é desmoralizante!!! Enquanto a
maior parte da tropa está sofrendo com excesso de carga horária, essas
“donzelas” não foram e não irão para as ruas cumprir a missão precípua
da PM, que é servir à sociedade.
Mandem apurar
quantas e quais policiais não fazem escala especial, mas recebem,
estudam no horário de expediente e não complementam a carga horária
prevista em lei. Onde estão os oficiais envolvidos com desvios de
dinheiro público, desvio de combustível, pagamento e recebimento
irregular de diárias, uso e tráfico de drogas, uso de pessoal e
equipamento da PMES para fazer segurança particular.
A segurança pública no Espírito Santo é uma fábrica de dinheiro para os desonestos. (FONTE – ELIMAR CORTES).
Relembre o caso
O
comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, Coronel Oberacy
Emmerich Júnior, determinou instauração de sindicância para apurar
denúncias de assédio sexual, perseguição a subordinados e desrespeito a
um superior contra o tenente-coronel Carlos Rogério Gonçalves de
Oliveira, comandante do 2º Batalhão da instituição, sediado em Nova
Venécia.
A acusação de
assédio sexual foi feita pelo presidente da Associação de Cabos e
Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares do Estado do Espírito
Santo (ACS/PMBM/ES), Flávio Gava Oliveira.
Segundo a
associação, o assédio vinha acontecendo há mais de um ano, período em
que o oficial está no comando do batalhão. Flávio Gava apresentou
trechos de e-mails enviados pelo tenente-coronel, que na opinião dele,
comprovam a denúncia de assédio, pois "são incompatíveis com o
relacionamento profissional entre policiais", avaliou.
Transferências
Ainda segundo a
associação, no período em que está no comando do batalhão, cerca de 40
militares, entre soldados, sargentos e até oficiais, foram remanejados
sem que pedissem para sair e sem nenhuma justificativa, por determinação
do comandante.
Segundo a
Assessoria de Comunicação da Polícia Militar, Gonçalves está de férias e
sendo substituído por seu subcomandante, mas deve reassumir suas
funções ao término desse período. O oficial, de acordo com a mesma
assessoria, não quis falar sobre o assunto com a imprensa. (Almir Neto -
Gazeta online - 23/12/2010).
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