RIO - Serão soltos neste domingo os dez bombeiros, membros do movimento grevistas, que ainda permanecem presos no Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros, entre eles o líder do movimento, o cabo Beneveluto Daciolo.
O plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus a dois bombeiros, na noite de sábado. O 3º sargento Heraldo Corrêa Vieira e o militar de mesma patente André Manuel Pontes de Matos, estavam presos há uma semana. Eles foram detidos no 3º Gmar (Copacabana), onde servem, conduzidos para o Presídio de Bangu 1, posteriormente transferidos para o Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o advogado dos militares, Raul Lins e Silva, o despacho do Desembargador Adolpho Corrêa Andrade Mello Júnior, foi favorável a liberdade de seus clientes já que ambos não oferecem risco à ordem pública. Heraldo e André foram soltos na madrugada deste domingo.
A greve de bombeiros no Rio começou no último dia 9 e chegou ao fim no dia 13 após uma assembleia realizada a portas fechadas na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio (Sindsprev-RJ), na Lapa, no centro. Os grevistas temiam a prisão de mais militares e por isso designaram, para anunciar a decisão, as mulheres dos servidores presos em Bangu e o inspetor da Polícia Civil Fernando Bandeira, presidente do Sindicato de Policiais Civis do Rio (Sinpol).
A paralisação, que não chegou a completar quatro dias, não atingiu seus objetivos. A principal exigência do movimento era a adoção de um piso salarial de R$ 3,5 mil. Com uma pequena adesão, mesmo antes do fim do movimento a maior reivindicação passou a ser a libertação dos grevistas detidos.
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