Uma pergunta. Será que esta mulher, que insistiu até as últimas que foi Adriano quem fez o disparo na arma que a feriu, não estaria com a intensão de ganhar um dinheirinho do jogador?
29 de Dezembro de 2011 O jogador Adriano, do Corinthians, se diz aliviado após a jovem Adriene Cirylo admitir à polícia que foi ela quem atirou acidentalmente dentro do carro do jogador. Ela acusava o jogador de estar no banco traseiro e ser o autor do disparo que a atingiu na mão esquerda. "Estou aliviado porque realmente as provas estão comprovando que eu não fiz o disparo", disse o jogador ao deixar a delegacia na noite desta quarta-feira (28). Perguntado se acha que a história teve um fim após a acareação e reconstituição, ele afirmou: "Acho que sim, eu espero". Desde o início das investigações, Adriano negava as acusações de Adriene, alegando que estava no banco do carona no momento do disparo. A versão de Adriano também é confirmada pelas outras três mulheres e um amigo do jogador que estavam no veículo na hora do disparo, além de um funcionário de uma boate da Barra de onde o grupo havia saído. Mais cedo, o delegado Fernando Reis confirmou que Adriene mudou o depoimento. "Ela diz que ela realmente mentiu, que ela pegou a arma deliberadamente, e a arma detonou, e descreveu exatamente aquele trajeto", afirmou Reis, acrescentando que as investigações não terminaram. Segundo a polícia, Adriene Cirylo deixou uma dívida de R$ 82 mil no hospital.
Choro e arrependimento
De acordo com o delegado, com a confissão, a jovem não mais responderá pelo crime de denunciação caluniosa. Ao voltar atrás em seu depoimento, segundo o delegado, ela se enquadra no que a lei chama de arrependimento eficaz. "Ela chorou muito durante todo o processo (depoimento, acareação e reconstituição). Disse que tinha bebido muito no dia e que acabou pegando a arma debaixo do banco do motorista por curiosidade. Adriano disse que se sentia aliviado com a confissão", disse Reis, que não entrou em detalhes sobre qual seria o objetivo da vítima ao culpar o jogador pelo disparo da arma. Apesar da confissão, o delegado destacou que o inquérito ainda não está encerrado. Segundo Reis, a acareação e a reconstituição foram importantes para que ele pudesse verificar dois pontos cruciais na investigação: que Adriano estava no banco da frente e para determinar quem teria sido o autor do disparo. "Não há dúvidas de que Adriano estava no banco do carona. Na reconstituição, pela dificuldade que foi, ficou claro que ele não poderia estar no banco traseiro. O experimento mostrou ainda que o disparo partiu da altura da perna direita da jovem em direção a mão, num ângulo agudo e ascendente. Pelas simulações, tudo leva a crer que o depoimento dela é viável. Mas a confissão dela não significa que a gente está absolutamente convencido do que aconteceu", frisou Reis.
O delegado, que tem 30 dias para concluir o inquérito, disse que os depoimentos, a acareação e a reconstituição constituem uma parte importante do processo, mas que ainda há muito trabalho pela frente. Ele disse que ainda aguarda o resultado dos exames para saber se havia resíduo de pólvora nas mãos de Adriano ou da estudante. "O caso aconteceu no sábado e hoje já demos um passo importante, mas ainda não sei quando o inquérito será concluído. Depois de fazer o relatório da investigação vou encaminhá-lo ao Ministério Público, que vai deliberar sobre o caso e decidir se o processo deverá ser arquivado ou se vai apresentar denúncia", disse o delegado que informou que entrará de férias em janeiro.
Adriano participou de acareação e reconstituição com a estudante durante a tarde. A reconstituição durou cerca de 30 minutos e uma policial substituiu uma das mulheres que estavam no carro de Adriano no momento do disparo e que não compareceu a delegacia. A polícia também realizou nova perícia no carro do jogador durante a acareação, que durou cerca de quatro horas. O delegado Fernando Reis pediu acareação entre todos que estavam no carro no momento do disparo. Além do delegado, o advogado de Adriano, Ivan Santiago, acompanhou os peritos durante a perícia. Segundo os peritos, o equipamento chamado sonda voltou a mostrar que o tiro partiu da direita para a esquerda, em direção ascendente, e de trás para frente. Ou seja, o tiro foi disparado por alguém que estava no banco traseiro do veículo. De acordo com os peritos, de maneira alguma, o tiro poderia ter partido do banco da frente, em razão da trajetória da bala. Adriano afirma que estava no banco da frente, no lado do carona do veículo. Já Adriene era a única que afirmava que o jogador do Cortinthians estava no banco de trás do carro. Adriano chegou às 15h25 à 16ª DP para participar de uma acareação com Adriene, que chegou por volta das 14h30. A acareação estava marcada para às 15h00. A jovem foi liberada nesta tarde do Hospital Barra D'Or, também na Barra da Tijuca, onde passou por uma cirurgia de reconstrução da mão esquerda na terça-feira (27) e estava internada desde a madrugada de sábado (24), quando foi atingida.
Depoimento
Na segunda-feira (26), o jogador Adriano disse em depoimento à polícia que só pegou a arma que estava no carro após ela ter disparado. Adriano depôs durante 01h40 na 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo Adriano, ele sabia que a arma estava no console do carro, entre o banco do carona e do motorista, um policial militar amigo dele. O jogador afirma que não viu quando a arma foi retirada do local. O jogador disse que ouviu o disparo, se assustou e olhou para o banco de trás do carro, mas não percebeu que alguém estava ferido. Somente quando Adriene disse que seu dedo estava sangrando, Adriano diz que viu a arma em sua mão. Foi quando, segundo ele, tocou na arma pela primeira vez naquela noite. Adriano diz que então pediu ajuda a um amigo do policial que os seguia em outro carro, para levar Adriene a um hospital. O jogador disse também, no depoimento, que insistiu para que uma amiga a acompanhasse até o hospital. Adriano contou ainda que pediu à mesma pessoa que levou Adriene ao hospital que apresentasse seu carro (de Adriano) à delegacia para perícia.
Sem caráter e má-fé
Segundo o advogado do atleta, Ivan Santiago, o depoimento foi bom e Adriano confirmou tudo o que havia dito anteriormente. Ao chegar à delegacia, Adriano afirmou que a jovem baleada dentro do seu carro "não tem caráter e agiu de má-fé" ao acusá-lo de ter disparado a arma dentro do carro dele. Segundo Adriano, quando viu que a jovem estava ferida, pediu para o amigo que dirigia o veículo parar. Nesse momento, ele contou que tirou a jovem de dentro do carro, tirou a camisa para cobrir o ferimento da vítima e pediu que o amigo levasse a jovem para o hospital. O jogador contou ainda que foi ao hospital onde a jovem está internada para fazer o exame de resíduo de pólvora e não chegou a visitá-la nem pagou o hospital. "Não vejo necessidade de arcar com as custas", afirmou Adriano, sobre a acusação da jovem contra ele. Ele negou conhecer a vítima, acrescentando que deu uma carona para ela a pedido de um amigo com quem estava no camarote de uma boate na Barra da Tijuca. "Não sei por que ela está fazendo isso contra mim. Mas quando acontece alguma coisa com o Adriano a repercussão é sempre muito grande", afirmou o jogador durante entrevista concedida à imprensa ao chegar à delegacia. "Estou tranquilo, todo mundo sabe que não gosto de dar entrevistas, mas concordei em falar com vocês (imprensa) porque tenho família, estou preocupado e estou preocupado também com a minha imagem. Os exames (de resíduo de pólvora) vão comprovar o que realmente aconteceu", completou Adriano, ao chegar por volta das 18h00 à 16ª DP.
Tiro partiu do banco de trás
No domingo (25), o delegado afirmou que, de acordo com os primeiros dados da perícia, o tiro que atingiu a mão da estudante partiu do banco de trás. De acordo com Reis, o laudo conclusivo da perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli só deve ficar pronto entre 20 e 30 dias.
Fonte: G1/Blog Diniz K-9 /
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