O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), se comprometeu em receber uma comissão de lideranças sindicais de todo o Brasil para tratar sobre a PEC 300. O compromisso foi firmado nesta quinta-feira (01), após o pedetista se encontrar com o representante de ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Fábio Herivelto Krauss, que entregou a ele um documento pedindo apoio.
“O PDT todo apoia a PEC. O Lupi disse que se preocupa com a situação dos policiais e que reconhece a luta pela PEC 300 com legitimidade”, afirma Krauss. Segundo ele, o ministro ainda afirmou que “sente-se na obrigação e assumiu o compromisso de receber a comissão nas próximas semanas em Brasília”.Além disso, Lupi intermediará uma conversa com a também ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, que já se mostrou contrária a votação da PEC neste ano.
Krauss se reuniu com diversas lideranças políticas do Brasil durante o 5º Congresso Nacional do PDT, em Porto Alegre (RS).
Ele embarcou para a capital gaúcha com apoio do deputado estadual Lauro Davi (PSB) e ainda debateu o tema com o líder do PDT na Câmara federal, Giovani Queiroz (PA), deputado Paulo Rubem Santiago (PE) e Paulinho da Força (SP).
População do RS apoia a PEC
Segundo Krauss, toda a população do Rio Grande do Sul está mobilizada em prol da PEC 300. Lá, os policiais fecham rodovias e queimam pneus, depois, deixam uma placa explicando que a manifestação é pela PEC 300.
“Peguei um táxi para o Palácio do Governo, e o taxista me disse que a população está preocupada e reconhece a condição dos policiais. Todos apoiam o piso salarial nacional. O movimento aqui é muito forte”, relatou.
Um PM gaúcho recebe hoje R$ 1.170, o menor piso do País. A categoria quer reajuste escalonado, mas até o momento recebeu a oferta de apenas 4%.
"Estamos preocupados com a situação. Caso o governador não garanta o aumento, poderá acontecer uma revolta maior. Espero que ele venha com uma boa proposta, pois durante a campanha eleitoral nos foi prometido um salário de R$ 3,2 mil até 2014", disse Leonel Lucas, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar.
Salvador
As articulações pela PEC 300 não param. Esta semana, quatro integrantes da diretoria da ACS seguiram para Salvador (BA), onde participam da escolha da nova diretoria e reformulação do estatuto da Anercs (Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares do Brasil). Após isso, a entidade deverá organizar um movimento nacional unificado para pressionar os deputados para colocarem a PEC 300 novamente em pauta.
A iniciativa de fortalecer novamente a entidade surgiu após o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), dizer que a PEC não deve ser votada neste ano por conta do corte de gastos. A presidente Dilma Rousseff (PT) pediu apoio aos partidos para que não “criem despesas que não tenham fontes de receita”.
A Anaspra (Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais) “não tem trabalhado” pela aprovação da PEC, segundo o presidente da ACS, Edmar Soares.
“O presidente da entidade, Cabo Patrício, é deputado distrital pelo PT, partido que tem emperrado a tramitação da proposta na Câmara”, aponta.
Assessoria de Imprensa da ACS
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