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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Policiais militares do 3º Batalhão – De Parnamirim – Denunciam as más condições de trabalho, no que diz respeito ao efetivo, à logística e carga horária, que vêm sofrendo ao realizar o serviço nos Centros de Detenção Provisórios – CDP’s.

PROBLEMAS:

1. Efetivo insuficiente – A guarda do estabelecimento deveria ser feita com, no mínimo, três policiais militares na parte externa do presídio e três agentes penitenciários na parte interna do presídio em cada plantão de 24 horas de serviço.

2. Os policiais não dispõem de armamento adequado para fazer guarda de presídios, pois não têm armas longas, como escopeta, carabina, fuzil e nem armas consideradas “menos letais” spray de pimenta, bastões, pistolas de choque – TASER, algemas, coletes balísticos, escudos, capacetes entre outros.

3. Não tem rádios comunicadores – a comunicação rápida com o maior número possível de viaturas da área do CDP pode evitar males piores com relação a fugas de presos, motins, resgates etc. Tanto aumenta o risco para os policiais e agentes penitenciários quanto aumenta o risco à população que reside nas vizinhanças dos presídios.

4. Os agentes trabalham desarmados e sem coletes balísticos. A Secretaria de Segurança Pública justifica dizendo que não há armamento para todos os agentes.

5. Os prédios não têm estrutura para que se faça a sua guarda externa, pois não tem guaritas. Assim os policiais não têm como observar os arredores do prédio, o que dificulta resistir a fugas e resgates comprometendo a segurança dos policiais, agentes e de toda a vizinhança.

6. Não tem camas nem armários no alojamento. A dormida é feita em colchões que ficam no chão com risco de picadas de cobras e escorpiões.

7. Superlotação. As celas possuem até 25 presos em cerca de 10 metros quadrados. Isso dá mais de dois presos por metro quadrado em um total de mais de 120 presos para apenas 2 policiais e 2 agentes penitenciários.

8. Não existem gratificações para os PM’s. Embora os policiais militares estejam desviados de sua função não recebem nenhuma gratificação do sistema penitenciário.

9. A carga horários dos PM’s é exaustiva. Cumprindo uma carga horária de 240 horas por mês, sendo 10 serviços de 24 horas cada, numa escala de 24 horas de trabalho por 48 horas de folga, os policiais militares mal têm condições pra descansar e já estão de volta para o serviço, o que compromete a saúde física e psicológica dos mesmos.

10. Alimentação de má qualidade. Insuficiente e de má qualidade, temos que nos contentar com duas refeições por dia de serviço – almoço e jantar em 24 horas de trabalho - contrariando os Conselhos de Medicina que recomendam, no mínimo, três refeições diárias e balanceadas para a vida saudável de uma pessoa.

Esperamos que, com isto, as autoridades possam tomar providências no sentido de melhorar a segurança pública do Estado e aumentar a satisfação pelo trabalho policial e penitenciário. Desta forma tenho certeza de que todos os policiais, agentes penitenciários e todos os moradores da comunidade estarão mais satisfeitos e seguros.

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