PM's x Política: contradição em termos?
Por quê polícia e política não se combinam? Depende do lado em que se vê. Não existe instituição mais política do que as polícias, especialmente a militar. O entrosamento começa nas indicações para o posto maior da PM/BM, que são indicados pelo governador, passando por repasse de verbas das prefeituras para ajudar a custear a manutenção das cidades do interior, que as vezes culmina com a compra de viatura, inclusive por alguns prefeitos. A isso dão o nome de polícia comunitária, pelo bom relacionamento com a sociedade, os órgãos e entidades voltadas à cidadania, inclusive com os Conselhos de Segurança Pública, popularmente conhecidos como CONSEP. Até aí nenhuma novidade, pois é a política institucional, ou seja polícia e política com "P" maiúscula. Portanto esse é um lado da moeda.
O outro lado é composto por aqueles que fazem política, de maneira independente, não instituicionalizada. Aí é que mora o problema, pois é algo sobre o qual a instituição além de não ter o controle, esta ainda teme que a tropa seja influenciada negativamente, (palavra tão relativa para o exemplo...que é negativo, positivo em se tratando de cidadania, direitos individuais, coletivos?...). Vemos alguns exemplos na história, de militares que pagaram com a vida pelo seu enganjamento, visão crítica e envolvimento político e liderança como Capitão do Exército Carlos Lamarca, Cabo Valério da PMMG. Outros não morreram, mas, padeceram como João Cândido, líder da "Revolta da Chibata" e ultimamente vimos o caso dos Bombeiros do Rio, que foram presos e anistiados pela repercussão negativa que trouxe para o governador do Sérgio Cabral.
O que dá hojeriza para muitos é imaginar que alguém que trabalha no estado, (policiais, bombeiros), e tem conhecimento de como funcionam os bastidores possam querer questionar aquilo que, para qualquer leigo seria inquestionável. Para os militares é fato, pela vivência e conhecimento ainda que superficial dos problemas do estado. Por isso eles são tão "caçados" pela administração, que teme que essas chamadas "lideranças negativas possam propagar esses problemas.
Cabo Daciolo, um dos líderes dos bombeiros cariocas prometeu greve de fome até que a PEC 300 seja aprovada. Sinceramente não sei se terá forças para suportar, mas, com certeza é mais um exemplo clássico de militar que pagaria com a própria vida por acreditar na sua ideologia e defender suas crenças. Todos sabemos que o governo federal tem dinheiro para bancar a diferença salarial. Ora, senão como explicar o projeto "trem bala", o aumento para os 39 ministros e a própria presidenta Dilma, sem falar nos dinheirinhos na cueca, o mensalão, as obras superfaturadas, o enriquecimento ilícito de muitos políticos. Os militares tem certeza da verdade sobre tudo isso, disso eu tenho certeza. Por isso política e PMs são antagônicos...
Anastácio/blog No Q.A.P / http://sargentoricardo.blogspot.com
PEC 300: Atenção BOMBEIROS e POLICIAIS de todo país!!!
Os irmãos bombeiros do Rio de Janeiro iniciaram hoje (12/07) uma greve de fome em Brasília e não pretendem parar até que a PEC 300, Carta de Alforria que nós receberemos para deixarmos de ser escravos dos dirigentes dos Estados, seja votada na Câmara dos Deputados.
Solicito encarecidamente que os senhores acreditem que essa votação é possível e partam para ombrearmos juntos nessa empreitada.
Já fizemos várias manifestações em todos os Estados e inclusive no DF e os Deputados sempre nos enrolaram, adiando a votação. Acreditamos na palavra da então candidata Dilma e do então Presidente da Câmara Milton Temer, ambos foram eleitos e nada aconteceu.
Tentam alegar que o impacto nas finanças dos Estados e da União, caso seja necessário a complementação, será muito alto, mas ninguém fala disso na hora de votar aumento para os parlamentares do Congresso que gera um efeito cascata que faz com que todos os parlamentares estaduais e municipais também recebam. Argumentam sobre as dificuldades dos Estados em pagar essa conta mas ninguém fala que os Estados que mais arrecadam pagam os piores salários das categorias.
Inventam todas as desculpas possíveis e impossíveis para não permitirem que tenhamos uma condição de vida digna, trabalhando na profissão que amamos e que escolhemos excercer, mas não falam nos rios de dinheiro que gastam com verba de gabinete, de combustível, auxílio paletó e outras regalias que eles recebem para trabalharem três dias por semana enquanto a maioria do povo recebe salário mínimo para trabalharem cinco e nós recebemos uma merreca para trabalharmos 24 horas, pois a qualquer momento o dever pode nos chamar.
Senhores, um país que está gastando tanto dinheiro em Copa e Olimpíadas, que pretende gastar um bi para a construção de um trem bala que irá somente do Rio a São Paulo e que certamente não terá uma passagem acessível às pessoas menos favorecidas. Um país que possui os parlamentares mais caros do mundo, onde o Governo cobra uma das contribuições mais pesadas, onde se gasta tanto com tão pouca qualidade, onde pagamos duas vezes por saúde, educação e segurança. Tem perfeitas condições de pagar melhor aos seus profissionais de segurança pública e essa é a hora de nos unirmos e cobrar isso das autoridades, chega de avisar o que vamos fazer, agora está na HORA DE FAZER, vamos nos juntar aos bombeiros do Rio nessa empreitada e vamos arrancar a nossa dignidade das mãos daqueles que não querem nos dar.
Está na hora de mostrar para a sua família o quanto você os ama, ESSA É A HORA!!!
Vamos agrupar e mostrar que realmente JUNTOS SOMOS FORTES, só depende de cada um de nós bombeiros e policiais. Como já diz a canção:
"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Ass: ANDRÉ SCHIRMER - CB CBMERJ
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Rio de Janeiro vai mudar o nome para Bueiros Aires
Bala perdida é coisa do passado. A onda agora é fugir dos bueiros perdidos. Ontem, mais dois tampões da Light explodiram. A perícia nos quatro bueiros que explodiram segunda-feira na Rua da Assembleia, no Centro do Rio, ainda sequer tinha terminado quando ocorreram novos acidentes do mesmo tipo ontem: foram mais dois para os ares, um no Centro e outro em Copacabana, na Zona Sul. A Light, responsável pelas galerias, foi multada em R$ 6 milhões pelo Procon-RJ. O prefeito Eduardo Paes encaminhou queixa-crime contra a concessionária de energia elétrica e desabafou: "Isso está passando de um clima de insegurança para um clima de pânico".
Passavam das 16h quando um bueiro soltou fumaça e depois explodiu três vezes seguidas, com chamas que chegaram a um metro e meio de altura na Rua Sete de Setembro, perto da Praça Tiradentes. Uma hora depois, houve a quarta explosão na mesma galeria. "Foi um barulho assustador. A gente não sabe mais onde pisar na cidade", desabafou o motoboy Rodrigo Roma.
Pela manhã, por volta das 11h30, o problema aconteceu na esquina das ruas Barata Ribeiro e Dias da Rocha, em Copacabana. Segundo Nildo Araújo Souza, 32 anos, que trabalha em marcenaria nessa esquina, a tampa subiu até a altura de um palmo. "Fiquei em pânico", contou a pedagoga Lilian Bevilaque, 52, que, assustada com a sequência de acidentes, agora tem o hábito de desviar dos bueiros nas ruas.
Perícia encontrou gás acumulado em bueiro
No Centro, a perícia nos quatro bueiros que foram pelos ares na segunda-feira foi feita durante a manhã. Técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) receberam apoio da Light e CEG, a companhia de gás, para fazer as análises. A área da esquina da Avenida Nilo Peçanha com a Rua da Assembleia continua interditada.
Segundo a Light, peritos detectaram grande concentração de gás numa das caixas subterrâneas. O excesso de gás, no entanto, só foi encontrado após a segunda medição, feita no início da tarde. Pela manhã, não ocorreram anormalidades.
Fiscal de um ponto de táxi na Rua da Assembleia, Tiago Oliveira, 25, conta que há um mês vinha sentindo cheiro forte de gás no local e que associava o odor aos bueiros, procurando ficar longe das tampas. "O cheiro de gás vai e volta. Tem horas que é tão intenso que dá dor de cabeça", disse Tiago.
Sem causa identificada
Os técnicos da Light que trabalhavam na Rua da Assembleia correram para a Sete de Setembro após as primeiras explosões, cuja causa não puderam identificar. Sem saber o que fazer após o quarto estrondo, os técnicos isolaram a área com tapumes e solicitaram a interdição da rua, temendo que novas explosões ocorressem.
Comerciante teme o pior
Dono de banca de jornal na calçada oposta ao bueiro, Francisco Gomes optou por fechar o estabelecimento, e não sabe se vai poder reabrir hoje e nos dias seguintes. "Agora interditaram a rua e não temos ideia de como vai ficar. Se não puder trabalhar fica difícil", afirmou ele, temeroso por haver outro bueiro da companhia bem ao lado da banca. "Estou com vontade até de trocar de ponto".
Fonte: Meia Hora Online/ blog Povo do Rio de Janeiro
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