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domingo, 10 de julho de 2011

Juíza defende presídios administrados por detentos



”minha nobre Magistrada me digas ondes cursartes esta "faculdade", pelo amor de deus!! Onde já se viu uma coisa absurda dessa! Se a pessoa esta ali por ser marginal, ou seja esta a margem da Lei, e recebe como punição comandar uma legião de pessos de igual índole, é querer que hajá uma disputa entre eles e o melhor safado vai ser ovacionado. A sra. deveria defender essa tese nos EUA, pois lá é pais do primeiro mundo e essas idéias brilhantes e revolucionárias serão bem aceitas.

everardopc@hotmail.com

Especialistas consideram que o sistema prisional brasileiro está falido. Ao mesmo tempo em que notícias sobre superlotações e crimes cometidos dentro dos presídios são veiculadas, órgãos responsáveis e sociedade civil discutem a necessidade da melhoria desse aparelho.

De acordo com a lei, “a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”. Na prática, não é bem assim. A juíza Maria Marleide Maciel sugere que a administração das unidades carcerárias fique por conta dos próprios detentos, com a supervisão de empresa especializada e do Estado.

Conforme a magistrada, esse trabalho poder ser importante na ressocialização do preso e como forma de custear parte das despesas gastas pelo poder público. “É uma sugestão audaciosa, mas os sonhos se realizam assim”, defende.

A juíza esclarece que, para a implementação da ideia, é preciso que haja uma mudança radical no sistema penitenciário brasileiro, “com estrutura de base e alteração nas leis de execuções fiscais, pois hoje não existe, efetivamente, remissão de pena com trabalho”. A lei de execuções penais já prevê o trabalho do condenado com finalidade educativa e produtiva, mas a proposta não é efetivada.
“A história tem mostrado que a pena privativa de liberdade é inócula. O apenado que foi segregado do convívio social, vai pra dentro de um presídio onde há uma ‘escola do crime paralela’ custeada pelo Estado. Esse sistema só é uma satisfação de segurança para a sociedade – uma falsa segurança”, expõe.

Segundo Maria Marleide Maciel, os detentos começariam como contínuo, depois passariam a atuar como chefe de serviço, podendo chegar ao cargo de diretor. “Os presídios teriam uma direção privada, mas a administração ficaria a cargo dos próprios presos. “A parte de limpeza, burocrática, esporte, enfermaria. Existem pessoas qualificadas dentro das unidades. Se esse conhecimento não for trabalhado, vai ficando ocioso.”

RESGATE
O aumento do número de presídios, de acordo com a juíza, seria apenas um dos itens para uma nova fase do sistema carcerário. “É preciso haver reestruturação, aparato de sistema e profissionais para mostrar ao presidiário que ele tem uma vida que pode ser resgatada”.

A juíza analisa essas ações como uma forma de o Estado se redimir pelas faltas de políticas públicas dadas a jovens de classe baixas, “Hoje, tirando o jovem da sociedade e colocando eles dentro do presídio, não há expectativas de melhoras. Se não conseguimos fazer isso enquanto eles estavam livres, por ausência de políticas direcionadas à saúde e educação, podemos tentar fazer isso dentro de um presídio”.

Fonte: Jornal O Estado/ http://sargentoricardo.blogspot.com/

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