Um antigo mistério de 132 anos foi resolvido nesta terça-feira pela polícia, que identificou um crânio encontrado recentemente próximo a Londres como o de uma mulher assassinada há mais de um século por sua empregada.
Graças aos arquivos criminais da época e aos métodos modernos de datação por carbono 14, o médico legista conseguiu estabelecer que o crânio pertencia a Julia Thomas, uma rica viúva de 55 anos assassinada e cortada em pedaços por sua empregada de 29 anos em 1879.
O crânio havia sido encontrado em outubro por trabalhadores que reformavam a casa do produtor e diretor daBBC, David Attenborough, em Richmond, no sudoeste de Londres. Mas a casa está situada muito perto da de onde vivia Julia Thomas.
Em um domingo, ao voltar da missa, a vítima foi empurrada escada abaixo e estrangulada por sua empregada.
A assassina, em seguida, cortou o corpo com um machado, cozinhou os restos da vítima e os deu às crianças da área para que comessem, como se fosse carne de porco, segundo relatórios da época.
Uma caixa contendo carne humana também foi encontrada pouco depois no Tâmisa, que passa perto da casa, e, mais tarde, um pé da vítima foi visto em um loteamento. Mas a cabeça nunca tinha sido achada.
A empregada, que também roubou a identidade de sua patroa e ficou com sua dentadura, foi finalmente presa e condenada à morte por um tribunal londrino.
Um século depois, os exames mostraram que o crânio pertenceu a uma mulher branca, de cerca de cinquenta anos e sem dentes, o que permitiu aos investigadores seguirem as pistas para elucidar este caso conhecido na época com o nome de "Mistério de Barnes".
O jardim onde o crânio foi encontrado abrigava no século XIX um pub que a empregada frequentava.
"É um caso fascinante e um bom exemplo da forma como os bons e velhos métodos policiais, os arquivos e as tecnologias de ponta podem ser combinados", ressaltou o comissário Clive Chalk, da Scotland Yard.
Fonte:Terra/Blog do Sargento Ricardo
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