Noticias

terça-feira, 12 de julho de 2011

Arapiraca registra mais de quatro mil acidentes com motocicletas

Levantamento foi realizado nesse primeiro semestre pela Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly (UE do Agreste).


16h24, 11 de Julho de 2011Danielle Silva

Fabrício Leandro/Alagoasnanet
Moto ficou completamente destruída; dois mortos no local
Moto ficou completamente destruída; dois mortos no local

Um levantamento realizado pela Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly (UE do Agreste), em Arapiraca, revela que o número de acidentes envolvendo motociclistas cresceu assustadoramente em 2011. Segundo informações da assessoria de comunicação da UE, apenas no primeiro semestre foram registrados 4.192 acidentes motociclísticos. Deste total, 67% dos casos foram de vítimas de queda, o equivalente a 2.833 pessoas acidentadas. Os demais casos são de atropelamento por moto, colisões entre carro e moto, e entre motos. Em 2010 foram registrados 8.124 acidentes com motocicletas, cujas vítimas foram atendidas Unidade de Emergência do Agreste.

Os números são preocupantes e refletem a violência e imprudência no trânsito, em Alagoas. Outro fator que corrobora com esses índices, é o aumento da frota de motocicletas no Estado de Alagoas. Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) dão conta que em 2009, a frota do Estado era de 393152 veículos: sendo 112855 motos e 189735 carros. Em 2010 o quantitativo saltou para 127824 motocicletas, um total de 14.969 motos novas circulando no Estado.

O crescimento da frota inclui a venda frenética de motonetas, conhecidas popularmente como ‘cinquentinhas’ (mobiletes com motor abaixo de 50 cilindradas), que contribuem para o aumento do número de acidentes, conforme dados da UE. Em Maio de 2011 o Alagoas24Horas publicou uma reportagem sobre a livre circulação desses veículos, a falta de equipamentos de segurança e fiscalização, que tem resultado em acidentes graves.

Para o ortopedista João Gustavo da UE de Arapiraca, grande parte dos acidentados que chega à Unidade de Emergência conduziam ou eram passageiros das cinquentinhas. Segundo ele, a maioria sofre fratura de tíbia, antebraço e punho. “Como essas motos andam em menor velocidade, os danos aos ocupantes resumem-se a escoriações e fraturas, geralmente nos braços e pernas. Mas, dependendo da queda, a vítima pode até sofrer traumatismo craniano encefálico (TCE) pela não obrigatoriedade do uso do capacete. Acidentes com este tipo de moto podem não matar, mas deixam seqüelas para o resto da vida”, frisou.

João Gustavo alertou ainda que as autoridades deveriam tomar providências urgentes quanto a regulamentação deste tipo de veículo, uma vez que além de causar danos à saúde das pessoas ainda gera prejuízos aos cofres públicos. “O cidadão que sofre acidentes motociclísticos fica afastado do trabalho e compromete a renda familiar. Por outro lado, acaba gerando ônus para o Estado, que é obrigado a custear um benefício financeiro até sua recuperação”, alertou o ortopedista.

Segundo dados do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico do Hospital Geral do Estado (HGE), foram registrados 1.667 acidentes com motocicletas nesse primeiro semestre, 426 casos a mais que o mesmo período do ano passado.

De acordo com as estatísticas, a maior parte dos acidentes foi registrada aos sábados (335), principalmente no período entre 18h e 23h59. Foram 1.145 acidentes ocorridos na capital alagoana e 522 oriundos do interior do Estado. Até o momento foram quatro óbitos, sendo dois do sexo feminino e dois do sexo masculino.

Fonte: http://www.alagoas24horas.com.br / http://sargentoricardo.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário