A associação agrupa todos os profissionais da área de segurança pública do Ceará: policiais militares e civis, bombeiros, guardas municipais e agentes penitenciários Coronel Werisleik negou que haveria perseguição contra policiais (TALITA ROCHA 26/7/2010) Criada há menos de três meses, a Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec) chamou a atenção ao realizar um protesto no plenário da Assembleia Legislativa, na última terça-feira, 24. Os manifestantes vaiaram o comandante geral da PM no Ceará, coronel Werisleik Matias, no momento em que ele recebia uma homenagem pelos 176 anos da Polícia Militar cearense. O coronel também foi chamado de “ditador” e “mentiroso”.
A Aprospec, criada no dia 14 de março de 2011, é a antiga Associação dos Guardas Municipais do Ceará (Asgmec). “Houve uma assembleia com os associados para transformá-la na Aprospec”, informa o diretor de relações públicas, inspetor Gustavo Moreira. Segundo ele, a nova associação tem 1.115 filiados, entre guardas municipais, policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários.
“A ideia foi unificar as forças de segurança e, juntos, estudar a melhor forma de agir para buscar melhorias”, diz o inspetor Gustavo. O grupo costuma fazer denúncias nas mídias sociais, por meio da Internet. “A gente incomoda as autoridades porque nossa associação é atuante. A gente denuncia as coisas erradas, mostra a verdade”.
O protesto na Assembleia Legislativa foi contra a transferência do presidente da associação, o capitão Wagner Sousa, para o Interior. “Querem mandá-lo para Senador Pompeu. Isso é perseguição política”, reclama o inspetor. Segundo ele, outros três integrantes da diretoria também chegaram a ser transferidos. “Estamos com processos na Justiça para reverter isso.”
Comando da PM
O comandante geral da PM, coronel Werisleik Matias, afirma que “não há nenhum tipo de perseguição.” Ele lembra que faz parte da rotina da PM transferir policiais. “A transferência é feita para atender ao interesse coletivo. Mandamos para o Interior porque há uma carência de pessoal lá”.
O coronel diz ainda que a Aprospec não é “reconhecida” pela Polícia Militar. “Não posso aceitar que uma associação coloque em xeque os dois pilares da PM: a hierarquia e a disciplina”. Para ele, a forma como os associados realizam protestos é equivocada. “O que eles fazem é baderna”, comenta.
Werisleik Matias negou o pedido do capitão Wagner Sousa de ser dispensado de suas funções para se dedicar à direção da Aprospec. “O comandante tem a faculdade de dispensar ou não o policial”, informa o coronel, com base no Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
O capitão Wagner Sousa é lotado na 6ª Companhia do 5° Batalhão da PM, com sede no bairro Antônio Bezerra. Nas eleições do ano passado, ele foi candidato a deputado estadual pelo PR.
O quê
SAIBA MAIS
O POVO entrou em contato com presidentes de outras entidades relacionadas à segurança pública no Ceará. A dirigente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci), Inês Romero, diz que não compactua com “o tipo de manifestação” feita pela Aprospec. “Tem que ser ordeira e respeitosa.”
Já o presidente da Associação de Praças da PM e do Corpo de Bombeiros (Aspramece), subtenente Pedro Queiroz, vê a nova associação como “uma entidade legítima.” “O que me preocupa é esse jogo de intrigas entre o comando da PM e a própria diretoria (da Aprospec), que não está conseguindo controlar seus membros. Agora, eu achei inoperância do comandante transferir diretores da entidade”.
http://www.opovo.com.br / http://sargentoricardo.blogspot.com
A Aprospec, criada no dia 14 de março de 2011, é a antiga Associação dos Guardas Municipais do Ceará (Asgmec). “Houve uma assembleia com os associados para transformá-la na Aprospec”, informa o diretor de relações públicas, inspetor Gustavo Moreira. Segundo ele, a nova associação tem 1.115 filiados, entre guardas municipais, policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários.
“A ideia foi unificar as forças de segurança e, juntos, estudar a melhor forma de agir para buscar melhorias”, diz o inspetor Gustavo. O grupo costuma fazer denúncias nas mídias sociais, por meio da Internet. “A gente incomoda as autoridades porque nossa associação é atuante. A gente denuncia as coisas erradas, mostra a verdade”.
O protesto na Assembleia Legislativa foi contra a transferência do presidente da associação, o capitão Wagner Sousa, para o Interior. “Querem mandá-lo para Senador Pompeu. Isso é perseguição política”, reclama o inspetor. Segundo ele, outros três integrantes da diretoria também chegaram a ser transferidos. “Estamos com processos na Justiça para reverter isso.”
Comando da PM
O comandante geral da PM, coronel Werisleik Matias, afirma que “não há nenhum tipo de perseguição.” Ele lembra que faz parte da rotina da PM transferir policiais. “A transferência é feita para atender ao interesse coletivo. Mandamos para o Interior porque há uma carência de pessoal lá”.
O coronel diz ainda que a Aprospec não é “reconhecida” pela Polícia Militar. “Não posso aceitar que uma associação coloque em xeque os dois pilares da PM: a hierarquia e a disciplina”. Para ele, a forma como os associados realizam protestos é equivocada. “O que eles fazem é baderna”, comenta.
Werisleik Matias negou o pedido do capitão Wagner Sousa de ser dispensado de suas funções para se dedicar à direção da Aprospec. “O comandante tem a faculdade de dispensar ou não o policial”, informa o coronel, com base no Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará.
O capitão Wagner Sousa é lotado na 6ª Companhia do 5° Batalhão da PM, com sede no bairro Antônio Bezerra. Nas eleições do ano passado, ele foi candidato a deputado estadual pelo PR.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Integrantes da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec) ocuparam a plenária da Assembleia Legislativa e vaiaram o comandante geral da PM no Ceará, coronel Werisleik MatiasSAIBA MAIS
O POVO entrou em contato com presidentes de outras entidades relacionadas à segurança pública no Ceará. A dirigente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci), Inês Romero, diz que não compactua com “o tipo de manifestação” feita pela Aprospec. “Tem que ser ordeira e respeitosa.”
Já o presidente da Associação de Praças da PM e do Corpo de Bombeiros (Aspramece), subtenente Pedro Queiroz, vê a nova associação como “uma entidade legítima.” “O que me preocupa é esse jogo de intrigas entre o comando da PM e a própria diretoria (da Aprospec), que não está conseguindo controlar seus membros. Agora, eu achei inoperância do comandante transferir diretores da entidade”.
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