O Festival de Besteiras que Assola o País parece que não vai acabar nunca.
Como se sabe, a Câmara Municipal de São Paulo está em vias de aprovar uma lei que proibe jogos de futebol depois das 23h15 na capital paulistana.
O projeto é sensível à bronca geral e irrestrita de quem gosta de ir aos estádios porque, de fato, jogos às 21h50 são um porre.
O projeto, no entanto, parece ser mais uma demagogia, ou daquelas coisas em que os políticos impõem dificuldades para vender facilidades depois.
Porque qual é a grande diferença entre um jogo acabar às 23h30 e às 23h15?
E se, às 23h15, no fim do tempo regulamentar, for necessário bater pênaltis para decidir um jogo?
Mas o fato é que a insistência antipática da Globo em fazer futebol depois da novela acabou por permitir essas coisas.
E quem está contra?
O presidente do Palmeiras, por exemplo, está.
E com que argumento?
Frágeis, principalmente para quem lê Jean-Paul Sartre.
Ele diz que essas coisas não podem ser impostas de cima para baixo.
Cumé?!
Os vereadores não são os representantes do povo?
De cima para baixo seria se por decreto, jamais por uma lei.
O cartola diz, ainda, que há um contrato com a TV.
E daí?
A existência de contratos impede que se façam leis que, por exemplo, os proibam.
Ou não existiam contratos de 12 horas de trabalho quando se legislou que a jornada seria de, no máximo, oito horas?
Para quem falava contra os monopólios, o presidente alviverde está pisoteando sem pena em sua biografia.
Por Juca Kfouri
http://sargentoricardo.blogspot.com
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