OPINIÃO
De olho em 2012, Jungmann diz que João da Costa ''não faz falta nenhuma ao Recife''
Senhor Prefeito João da Costa,
O caos dos últimos dias é o coroamento de 11 anos da sua gestão e de João Paulo, seu antecessor e criador.
Há 10 anos que o Recife não tem rumo, não tem obras estruturais, não investe adequadamente em saneamento, estrutura viária e na manutenção da cidade.
Tão pouco na área social nossa cidade tem sorte. Temos a pior educação básica das capitais, o que precipita nossas crianças no abismo da ignorância em plena era do conhecimento.
Na saúde, os idosos e crianças que expõem as suas vidas para obter uma senha dormindo nas calçadas da clínica Lessa de Andrade dizem tudo: da falta de médicos aos remédios básicos; dos meses de espera para marcar uma simples cirurgia, às ambulâncias sucateadas no pátio ao lado da sede da Prefeitura.
A soma da sua gestão, prefeito, com a do seu antecessor e padrinho, obriga, a nós recifenses, a vivermos como condenados, na perda diária do nosso tempo em congestionamentos infindáveis, desordem e lixo nas nossas ruas, insegurança e medo pelas nossas vidas e dos nossos filhos.
O senhor e João Paulo tem gasto os recursos municipais numa profusão de projetos e pequenas obras assistencialistas que, se essenciais para a formação e dependência de uma clientela em nossas periferias , em nada contribui para lhes dar a dignidade de uma cidadania plena, reduzindo nosso exército de marginais.
Aliás, o propalado orçamento participativo é uma máquina de cooptação de lideres comunitários e de atendimento dos interesses dos PT e seus aliados. Os que não integram esse grupo dos seus “amigos” que o digam, na espera infinda de obras que nunca chegam.
Tudo isso tem levado à perda acelerada do que resta de apoio a gestão do senhor por parte da população.
Reflexo disso, a sua base de apoio na Câmara Municipal se esgarça. Os dissidentes já são em número maior que a oposição. E os seus líderes, mais e mais apelam para a truculência e a intimidação, quando não, como agora, para a suspensão dos trabalhos do legislativo, porque já não existem mais defesas possíveis para segurar a corrente de protestos e críticas que explodem dia a adia no plenário.
Para além dos caos, da insegurança e sofrimento para os quais a sua gestão contribui decididamente, o Recife perde posições no contexto regional e torna-se um obstáculo ao desenvolvimento de Pernambuco, pelos seus indigentes índices de mobilidade, educação, segurança, saneamento e limpeza.
Sua gestão, prefeito, continuando a do seu antecessor, compromete o nosso futuro e inferniza o nosso presente de modo irremediável.
Se posso lhe dar um conselho, diga a João Paulo que soa patético, quando não ridículo, seus esforços para recusar a sua paternidade política. Quando todos sabem que devemos a ele, exclusivamente a ele, a sua desastrada gestão.
O caos dos últimos dias é o coroamento de 11 anos da sua gestão e de João Paulo, seu antecessor e criador.
Há 10 anos que o Recife não tem rumo, não tem obras estruturais, não investe adequadamente em saneamento, estrutura viária e na manutenção da cidade.
Tão pouco na área social nossa cidade tem sorte. Temos a pior educação básica das capitais, o que precipita nossas crianças no abismo da ignorância em plena era do conhecimento.
Na saúde, os idosos e crianças que expõem as suas vidas para obter uma senha dormindo nas calçadas da clínica Lessa de Andrade dizem tudo: da falta de médicos aos remédios básicos; dos meses de espera para marcar uma simples cirurgia, às ambulâncias sucateadas no pátio ao lado da sede da Prefeitura.
A soma da sua gestão, prefeito, com a do seu antecessor e padrinho, obriga, a nós recifenses, a vivermos como condenados, na perda diária do nosso tempo em congestionamentos infindáveis, desordem e lixo nas nossas ruas, insegurança e medo pelas nossas vidas e dos nossos filhos.
O senhor e João Paulo tem gasto os recursos municipais numa profusão de projetos e pequenas obras assistencialistas que, se essenciais para a formação e dependência de uma clientela em nossas periferias , em nada contribui para lhes dar a dignidade de uma cidadania plena, reduzindo nosso exército de marginais.
Aliás, o propalado orçamento participativo é uma máquina de cooptação de lideres comunitários e de atendimento dos interesses dos PT e seus aliados. Os que não integram esse grupo dos seus “amigos” que o digam, na espera infinda de obras que nunca chegam.
Tudo isso tem levado à perda acelerada do que resta de apoio a gestão do senhor por parte da população.
Reflexo disso, a sua base de apoio na Câmara Municipal se esgarça. Os dissidentes já são em número maior que a oposição. E os seus líderes, mais e mais apelam para a truculência e a intimidação, quando não, como agora, para a suspensão dos trabalhos do legislativo, porque já não existem mais defesas possíveis para segurar a corrente de protestos e críticas que explodem dia a adia no plenário.
Para além dos caos, da insegurança e sofrimento para os quais a sua gestão contribui decididamente, o Recife perde posições no contexto regional e torna-se um obstáculo ao desenvolvimento de Pernambuco, pelos seus indigentes índices de mobilidade, educação, segurança, saneamento e limpeza.
Sua gestão, prefeito, continuando a do seu antecessor, compromete o nosso futuro e inferniza o nosso presente de modo irremediável.
Se posso lhe dar um conselho, diga a João Paulo que soa patético, quando não ridículo, seus esforços para recusar a sua paternidade política. Quando todos sabem que devemos a ele, exclusivamente a ele, a sua desastrada gestão.
Porém, não há mal que sempre dure. Dias melhores virão.
O ciclo João & João, criador e criatura, sabemos todos, está chegando ao fim.
E o fim virá pelas mãos dos mesmos que agora, abandonados, traídos nas suas esperanças e perdidos, penam no caos em que se transformou o nosso amado Recife.
Portanto, prefeito, longa estada na Espanha. Aproveite bem e não tenha pressa em voltar .
Afinal, enquanto prefeito, o senhor não faz falta nenhuma ao Recife, não é mesmo?
O ciclo João & João, criador e criatura, sabemos todos, está chegando ao fim.
E o fim virá pelas mãos dos mesmos que agora, abandonados, traídos nas suas esperanças e perdidos, penam no caos em que se transformou o nosso amado Recife.
Portanto, prefeito, longa estada na Espanha. Aproveite bem e não tenha pressa em voltar .
Afinal, enquanto prefeito, o senhor não faz falta nenhuma ao Recife, não é mesmo?
Raul Jungmann
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