O ano de 1981 foi um marco histórico para Polícia Militar de Minas Gerais, a instituição abriu suas portas para receberem as mulheres. Desde então o corpo feminino de policiais militares e bombeiros fazem a diferença no dia a dia da organização. Atualmente, já são cerca de 3.000 policiais femininos, de Soldado a Coronel, a Polícia Militar possui cargos que são chefiados por mulheres, inclusive no alto-comando da PMMG. No início as policiais militares trabalhavam apenas no âmbito administrativo, agora, atuam em todas as áreas, médicas, dentistas, enfermeiras, segurança pública, motoristas, bombeiras, socorristas, etc. A presença feminina era vista como uma aberração para alguns ou como objeto de decoração para outros. Hoje, as mulheres têm presença consolidada e eficiente no funcionamento das corporações bombeiro - policiais militares.
Em seu dia a dia a policial feminina sofre os mesmos anseios que fazem parte do universo feminino. Debaixo da farda, de toda disciplina, existe uma mulher que se preocupa com a aparência, que ama, sofre, chora, sonha e se diverte. A sociedade olha para esta profissional e acredita que está frente a frente com a mulher maravilha, mas, super heróis não existem. É o que nos diz a Tenente Farmacêutica Chefe do Laboratório da Patologia Clínica da Polícia Militar, Mª Alzira Moss, para ela ser policial militar não diferente de outras profissões, porque profissionalismo, ética e compromisso fazem parte de todas as profissões. A também policial Luciléia de Oliveira, 2º Sargento fala das dificuldades que enfrenta ao conciliar o trabalho e seu papel de mãe de uma garotinha de dois anos. Perguntada o que a motiva, responde com brilho nos olhos “o amor, pela minha filha e pela minha profissão”. A 1º Sargento Rita de Cássia brevemente irá se aposentar, fala das alegrias e dificuldades que enfrentou nestes quase 30 anos de serviço. No entanto, está saindo com a sensação de dever cumprido.
Os dois últimos séculos foram de grandes avanços para a mulher, não está muito longe o tempo em que não podíamos votar escolher nossos maridos, exercer uma profissão mesmo decidir sobre o nosso corpo. Ainda existe muito a ser conquistado, o caminho ainda é muito duro para muitas mulheres em outros países, onde não existe nenhuma liberdade e a mulher vale menos que um cabrito. Infelizmente, mesmo no Brasil, milhares de mulheres são violadas em casa, no trabalho, na rua, estão tão cativas que não têm mais forças para lutar. Afinal precisamos acreditar que o nosso dia não se resume no dia 8 de março, nosso dia são todos os dias do resto de nossas vidas.
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