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quarta-feira, 2 de março de 2011

Força Nacional chega hoje à PB

No início da noite de ontem, Ministério da Justiça anunciou vinda das tropas federais, solicitadas pelo estado
Arthur Araújo // Priscylla Meira // Rafael Oliveira // arthuraraujo.pb@dabr.com.br // priscyllameira.pb@dabr.com.br // rafaeloliveira.pb@dabr.com.br

Tropas federais chegarão hoje à Paraíba para assegurar a segurança do estado enquanto durar a greve dos servidores da segurança, iniciada na última segunda-feira. A chegada do efetivo acontece um dia depois do governador Ricardo Coutinho (PSB) declarar que pediu a ilegalidade do movimento grevista na justiça e classificar o movimento como irresponsável, durante entrevista concedida à imprensa na manhã de ontem.


Homens da Força Nacional de Segurança vão permanecer na Paraíba durante a paralisação dos policiais. Foto: Iano Andrade/CB/D.A Press.
Em nota, o Ministério da Justiça (MJ) informou que o ministro José Eduardo Cardozo determinou o envio das tropas da Força Nacional de Segurança Pública para a Paraíba, após pedido feito pelo governador na manhã de ontem.

Os policiais chegarão hoje à João Pessoa e permanecem no Estado até o fim da paralisação. O efetivo da Força Nacional enviado ao estado não foi divulgado pela assessoria do MJ por questões de segurança. O embarque das tropas, em Brasília, estava previsto para 5h, com destino ao Aeroporto Castro Pinto, na capital paraibana.

Ricardo Coutinho afirmou que não acredita em uma grande adesão dos soldados à greve, e criticou a ação de vandalismo e coação promovidas pelos manifestantes para forçar os policiais a se juntarem ao movimento.

"Durante a manifestação de ontem, 10 viaturas tiveram pneus rasgados e vidros quebrados. Isto é uma atitude desesperada de um grupo formado por meia dúzia de gatos pingados, que não têm argumentos para convencer sequer à categoria, que dirá a opinião pública", frisou o governador.

O secretário de Segurança Pública do Estado, Cláudio Lima, garantiu que a greve não vai afetar a segurança durante as prévias carnavalescas que acontecem em todo o estado. "Já estudamos um plano de ação emergencial para o caso de precisarmos de reforço. Além de a legislação garantir que pelo menos 30% do efetivo permaneça em serviço, temos o apoio da Força Nacional de Segurança", garantiu o secretário. O planejamento de distribuição dos policiais militares, afirmou Cláudio Lima, garantirá a segurança necessária onde houver grandes concentrações de pessoas.

Salários

O Governo do Estado reconheceu que os salários dos policiais não correspondem à demanda de trabalho e que eles merecem o reajuste salarial que estão pedindo, mas assegurou estar agindo de maneira clara e mostrando que, nos 60 dias de governo, não há condições do Estado pagar este reajuste.

"Não podemos fixar uma data para que a Paraíba esteja equilibrada economicamente, mas nos comprometemos a dar prioridade aos policiais quando as finanças forem estabilizadas", garantiu o secretário de Estado da Comunicação, Nonato Bandeira. De acordo com ele, não se pode ferir os índices da Lei de Responsabilidade Fiscal e pagar um reajuste que foi aprovado no período eleitoral, de maneira ilegal. Hoje, mais discussões devem se realizar sobre o andamento da greve dos policiais. 
 
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