Tocantins: Alguns oficiais insistem em ser arbitrários. A pergunta: pra quê sacrificar a tropa?
Prisão de soldado após 24 horas seguidas de trabalho causa indignação de militares; nem a mãe consegue falar com o filho
02/02/11 11H16
Raimunda Carvalho
Da Redação
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Colinas (ACSC), Gildevan das Neves Sales, criticou nesta quarta-feira, 2, a decisão do tenente Marcos Antônio Negreiros Dias de determinar a prisão do soldado Edilson Cardoso de Castro. A prisão, segundo o presidente, ocorreu no sábado, 29.
De acordo com Sales, o soldado foi destacado para trabalhar em Brasilândia em uma escala de 72 horas ininterruptas. “Este tempo não pode ser cumprido, uma vez que existe a portaria de número 006/95 que padroniza o tempo de serviço do militar. A escala é de 24 horas seguidas e descanso de 48 horas”, explicou.
Segundo Sales, quando o soldado cumpriu as 24 horas de trabalho, se dirigiu para unidade informando ao tenente que estava deixando a escala. “Ele avisou também que o filho estava aniversariando e iria cortar o bolo ao lado dele. Entregou a arma no quartel e saiu”, explicou Sales.
Quando Castro já estava em casa, ainda conforme o presidente, chegou uma viatura para buscá-lo dizendo que Negreiros queria falar com ele de imediato. “Quando ele chegou no quartel recebeu voz de prisão por desacato à autoridade e ter abandonado o posto de serviço. Isto não existe. Ninguém trabalha 72 horas seguidas sem descanso”, explicou.
O presidente informou ainda que a mãe do soldado está tentando falar com ele, mas que não está sendo permitido. “É errado o que fizeram com o cabo e também proibir que a mãe o visite”, disse o presidente, avisando que medidas cabíveis estão sendo tomadas para rever a situação.
fonte: portal ct
Da Redação
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Colinas (ACSC), Gildevan das Neves Sales, criticou nesta quarta-feira, 2, a decisão do tenente Marcos Antônio Negreiros Dias de determinar a prisão do soldado Edilson Cardoso de Castro. A prisão, segundo o presidente, ocorreu no sábado, 29.
De acordo com Sales, o soldado foi destacado para trabalhar em Brasilândia em uma escala de 72 horas ininterruptas. “Este tempo não pode ser cumprido, uma vez que existe a portaria de número 006/95 que padroniza o tempo de serviço do militar. A escala é de 24 horas seguidas e descanso de 48 horas”, explicou.
Segundo Sales, quando o soldado cumpriu as 24 horas de trabalho, se dirigiu para unidade informando ao tenente que estava deixando a escala. “Ele avisou também que o filho estava aniversariando e iria cortar o bolo ao lado dele. Entregou a arma no quartel e saiu”, explicou Sales.
Quando Castro já estava em casa, ainda conforme o presidente, chegou uma viatura para buscá-lo dizendo que Negreiros queria falar com ele de imediato. “Quando ele chegou no quartel recebeu voz de prisão por desacato à autoridade e ter abandonado o posto de serviço. Isto não existe. Ninguém trabalha 72 horas seguidas sem descanso”, explicou.
O presidente informou ainda que a mãe do soldado está tentando falar com ele, mas que não está sendo permitido. “É errado o que fizeram com o cabo e também proibir que a mãe o visite”, disse o presidente, avisando que medidas cabíveis estão sendo tomadas para rever a situação.
fonte: portal ct
Advogado pede relaxamento da prisão, que diz ser “totalmente arbitrária e ilegal”
02/02/11 11H41
Raimunda CarvalhoDa Redação
O CT entrou em contato com Ronei Francisco Dinis Araújo, advogado de defesa do soldado Edilson Cardoso de Castro, para que avaliasse a prisão do militar determinada pelo tenente Marcos Antônio Negreiros Dias. Segundo Araújo, a prisão do soldado é "totalmente arbitrária e ilegal". “O decreto de número 006/95, da Polícia Militar do Estado, prevê 24 horas de serviços ininterruptos, seguido de repouso de 48 horas”, explicou o advogado.
Ele explicou também que, pela escassez de policiais no Estado, o tenente Negreiro determinou que o soldado cobrisse uma escala contínua de 72 horas. “Ele só cumpriu o tempo legal como prevê o decreto e após desempenhar as atividades se apresentou ao seu superior [tenente Negreiro]. Diante da atitude, o soldado recebeu ordem de prisão por desobedecer a uma ordem superior e por suposto abandono de trabalho”, ressaltou o advogado.
Araújo fez questão de enfatizar também que o ato de prisão em flagrante do policial é também irregular. “O capitão Jaime Porfírio de Souza, que cumpriu o flagrante, não tem competência para presidir a ocorrência”, disse.
Relaxamento de prisão
Foi solicitado junto a Justiça Militar da Capital, conforme o advogado, o relaxamento da prisão do militar. “A solicitação de relaxamento ainda está trâmite e estamos aguardando a análise”, ressaltou o advogado.
Araújo declarou ainda que o soldado tem receio de sofrer retaliação e ser transferido para outra unidade fora de Colinas, onde reside. “Ele está com receio de ser transferido para outra unidade por determinação de autoridades superiores”, explicou o advogado, acrescentando: "É possível, sim, a determinação [de transferência], mas, se isto acontecer, medidas cabíveis já serão tomadas".
O advogado contou ainda que o Castro está detido no Quartel Militar de Araguaína. “Ele foi transferido ontem [terça-feira, 1º], para uma cela do quartel da PM de Araguaína, mas, como ele sobre de refluxo e alergia, estamos tentando transferi-lo para Associação dos Sargentos de Araguaína, onde o ambiente é melhor para saúde dele”, disse.
fonte: portal ct
Fala Almança: Quem faz um papel desses por certo nunca trabalhou 72 horas. Alguém avise a este tenente que seus comandados não são máquinas e legalmente não se pode trabalhar em escala superior a 24 horas.
Na verdade, nem 24 horas, mas a Polícia Militar ainda insiste em ser arcaica e se recusa a modernizar.
Pergunto a esse tenente, pra que sacrificar sua tropa? Por um governo que não está nem aí pra nós?
Tem policial cumpre-se escala, não tem, fica sem policiamento. O que não pode é os praças pagarem por má administração pública.
Esse tenente merece tirar uma escala de 72 hora pra ver o que é bom. Apenas uma palavra a esse senhor: idiota.
Policiais do TO não aceitem isso. Fiquem presos, mas não aceitem isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário