Ministério das Cidades e Caixa Econômica vão voltar a financiar imóveis em ruas não pavimentadas. Compradores vão ter que assinar declaração confirmando que sabem da falta de infraestrutura do local.
align="justify">Casa nova, pronta, com comprador interessado, mas estava difícil de fechar negócio. “O problema era igual para todos, porque eu não podia vender e o interessado não podia comprar. A pessoa visa assim: é a oportunidade que eu tenho, do meu sonho, de comprar a minha casa, eu estou contemplado com uma carta de crédito, mas não vou poder comprar, porque a cidade não tem asfalto”, explica o construtor Ivan Luis de Sousa e Silva.
A Caixa Econômica Federal (CEF) não financiava mais a compra de imóveis em ruas sem asfalto, mas resolveu fazer uma nova regra. A partir desta segunda-feira (28), quem estiver interessado nessas casas pode voltar a pedir o empréstimo.
O dinheiro só será liberado com algumas condições: o endereço precisa ter ruas de acesso, um técnico da Caixa Econômica tem que confirmar a qualidade e a segurança do imóvel. Os compradores vão receber cartilha com orientações e devem assinar declaração confirmando que sabem da falta de infraestrutura da rua onde pretendem morar. As regras valem para imóveis novos já prontos, o pedido de empréstimo tem que ser protocolado nas agências da Caixa Econômica até o dia 30 de junho deste ano.
Essa regra de transição foi anunciada depois que empresários que construíram casas populares com o próprio dinheiro reclamaram. Eles pararam com as obras e alguns até demitiram funcionários, porque com a exigência do asfalto, os imóveis ficariam mais caros e mais difíceis de vender.
Helano Nobrega foi um dos empreendedores que ficaram com contratos suspensos. Agora está mais aliviado. “Os construtores vão estar muito mais preocupados, muito mais ligados na questão da infraestrutura e as prefeituras também vão trabalhar em conjunto e a gente tem um tempo para se adaptar”, fala.
A Caixa também exige um responsável técnico pela obra. Depois da transição, o banco vai reavaliar a questão e poderá optar por regras diferentes de acordo a região e o tamanho do município. A CEF alega que as exigências são para garantir a segurança e as condições de habitação do imóvel.
Marina Franceschini
FonteDFTV
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