O governador de São Paulo, Geraldo Alckman reafirmou hoje que a revista da escrivã feita à força por colegas da polícia dentro de uma delegacia vai ser investigada pela própria corregedoria da polícia civil. No processo, que terminou com a expulsão da escrivã, as imagens que foram mostradas nesse blog, não foram apresentadas à justiça.
No processo criminal contra a escrivã acusada de corrupção, é assim que os policiais da corregedoria relatam a prisão dela:
o Delegado Henrique de Carvalho afirma que a revista foi feita por uma policial militar feminina. Ele não menciona a própria participação.
Para o delegado Gustavo henrique Gonçalves a acusada não admitia ser revistada, a busca foi feita pelas policiais femininas por dentro de sua calça e houve a necessidade de algemar a escrivã que tentava impedir a revista.
Já o investigador Daniel de Resende Baldi, policial que gravou as imagens afirma que não presenciou qualquer tipo de agressão.
Outro investigador que estava na sala, Guilherme amato Nóbile, disse que a minuciosa revista pela parte interna das vestes foi feita por uma policial militar feminina.
As imagens da revista não foram encaminhadas à justiça.
De acordo com Luiz Flávio Borges D'Urso, Presidente da OAB/SP, independente se a prova ajuda ou não o investigado, o estado tem a obrigação de juntar tudo o que colheu. Por isso, a ausência de uma prova fundamental dessas, sem dúvida nenhuma, estamos diante de uma grave irregularidade.
No vídeo, a escrivã não se recusa a ser revistada. Ela pede nada menos do que 20 vezes que a busca seja feita por uma mulher: "pode me revistar, mas eu não quero ficar nua na frente de homem prá evitar constrangimento".
Sem que tenha agredido ninguém, ela foi algemada e teve a calça e a calcinha arrancadas por três pessoas, entre elas um homem: o delegado Eduardo Henrique.
Em 2009, o secretário da segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, tomou conhecimento do vídeo da Corregedoria e só abriu inquério contra os policiais após ser provocado pelo ministério público. Meses depois, já na fase processual, o caso foi arquivado.Em nota, Ferreira Pinto, afirmou dizendo que não viu as imagens, Mas não quer gravar entrevista.
Já o governador de São Paulo, durante uma entrevista, falou do assunto: "o governo do estado tomou as providências que deveriam ser tomadas. Vamos aguardar agora o trabalho da Corregedoria e o trabalho da secretaria de segurança".
A escrivã que foi expulsa da polícia ainda responde processo de corrupção.
Postado por Capitão Assumção / http://sargentoricardo.blogspot.com/
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