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domingo, 5 de dezembro de 2010

Parabéns companheira de farda pelo brilhante serviço prestado ao Rio de Janeiro, sendo refletido por todo Brasil!

Única PM mulher a invadir as favelas do Alemão recebe bilhete de admiradores!


04 de Dezembro de 2010

Antes da mega operação, a soldado Flávia Louzada, da Polícia Militar, tinha o visual impecável. Batom, sombra, coturno e fuzil descreviam a única mulher a subir a favela nas operações de retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão. “Chega lá em cima, já não sobrou mais nada da maquiagem”, lamenta. Flávia está na corporação há quatro anos e já possui experiência de incursão em favelas. No entanto, ela reconhece que o evidente contraste com o resto do grupo a torna um alvo e também um ponto de referência. “Principalmente por causa do cabelo grande”, conta a PM de 30 anos. Com frequência, ela é questionada por moradores surpresos: ‘Ué, pode mulher aqui em cima?’. Outros mais assanhados chegam a enviar bilhetes. No Complexo do Alemão, ela chegou a receber mensagens masculinas do tipo: ‘Preciso de segurança’. Flávia é solteira, mas usa um anel dourado no anelar direito para não dar muita chance aos mais espertinhos. Ela não tem filhos e mora com oito gatos e um cachorro. Além do cansaço, da pressão psicológica e dos tiros em sua direção, Flávia ainda tem que lidar com outro componente durante as operações. “O que mais me atrapalha é a minha avó. Ela me telefona o tempo todo!”, dispara a PM. Segundo ela, Dona Lourdes, de 82 anos, é quem mais sofre com o trabalho da neta. “Minha avó já teve vários picos de hipertensão desde a semana passada e disse que vai me mandar a conta”, brinca.

“Faço isso porque gosto”
Bem humorada, a policial garante ter o respeito de seus colegas de profissão e acrescenta que o fato de haver uma mulher na equipe até ajuda no contato com os moradores. “Batemos numa casa onde um senhor começou a chorar. Ele estava feliz, porque achava que ia morrer sem ver isso, sem que seus netos pudessem ficar em paz. Acho que foi o momento em que eu mais me emocionei”, narra. Por outro lado, Flavia passou por um teste de nervos durante a invasão da Vila Cruzeiro, na quinta-feira (25). Ela confidencia que seu grupo ficou encurralado na favela. “A gente aprende a controlar o medo. O único jeito é ter paciência”, ensina. Da Vila Cruzeiro, a policial também trouxe marcas no corpo. A PM foi ferida no tornozelo direito por estilhaços de uma granada lançada por bandidos na Vacaria, um dos acessos à favela tida até então como o bunker do narcotráfico no Rio de Janeiro. Porém, o ferimento não a impediu de continuar. “Faço isso porque gosto. É a adrenalina”, tenta explicar. A soldado do 16º Batalhão (Olaria) reconhece o alto risco do ofício e admite depender de pelo menos um maço de cigarros diário para controlar o nervosismo. Se ela pretende participar de outras operações assim? “Se Deus quiser”, devolve.

Fonte: UOL Notícias/Blog da Renata/Blog Diniz K-9/http://sargentoricardo.blogspot.com/

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